lá embaixo e outros no topo. Os sentimentos oscilaram entre desespero e
esperança. Medo e coragem. Entre os dias que chorei e desejei que o tempo
passasse rápido por que não queria sentir aquela angústia, e os dias que senti
esperança, como quando minha sobrinha me contou que tinha criado um grupo
sobre feminismo na escola dela. Vou levar em minha memória as manifestações na
cinelândia, a faixa antifascista do curso de direito e a noite do primeiro turno,
quando em meio aos gritos de “Bolsonaro 2018”, um senhor berrou de sua janela
“resistência” e em seguida vários “Ele Não” ecoaram na rua onde moro. Hoje, do
alto do meu apartamento, eu vi um homem gritar “Bolsonaro vai acabar com isso
aqui” enquanto sacudia uma sacola com alguns mantimentos. Ver aquele homem
sacudir sua sacola na cara dos meus vizinhos privilegiados, me fez concluir que
apesar de tudo, a resistência vem e virá de todos os lados.
Crônicas: 4
Comentários: 10
Regina Phalange
Apesar de não fugir muito do comum, achei um bom texto. Trouxe uma identificação que, creio eu, todos tenham.
ResponderExcluir