sexta-feira, 15 de junho de 2018

A primeira vez

Atenção: Proibido para menores de 18 anos.

Tinha chegado o dia, não era mais um dia qualquer e nunca mais iria ser, era o dia da “primeira vez”. Lembro de várias “primeiras vezes” da minha vida; na escola, no primeiro jogo de futebol e até mesmo, o meu primeiro beijo. Mas, essa era completamente diferente, seria a minha primeira relação sexual com a menina que eu sempre fui apaixonado.

Tudo conspirava a favor, meus pais viajaram, os vizinhos fofoqueiros saíram e a casa tinha ficado só pra mim. À hora ia chegando e o coração estava “saindo pela boca”. A verdade é que, todos nós homens, costumamos tirar onda de sermos autoconfiantes em tudo que fazemos, mas, pra falar a verdade, naquele dia, eu era mais uma criança que estava aprendendo a andar. E de repente, um “blim blom”, a campainha tocou, era ela, com aquele vestidinho vermelho colado no corpo, não sei se foi à cor que me lembrou, mas fiquei pegando fogo.

Assim que ela entrou, fiquei sem saber o que fazer. Pensei até em imitar aqueles vídeos eróticos que a gente assistia para não fazer feio, mas, o nervosismo misturado com certo medo era tão grande que, eu não conseguia pensar em nada. Mas, quem não se mexe, perde a vez. Então, tomei coragem, apaguei o meu charuto Romeu e Julieta Short Churchill, que fiquei sabendo de um professor que era um charuto bom e fui beijá-la. Era um beijo quente, assim que nos encostamos, pegamos fogo, era algo incontrolável. O chupão no pescoço já dizia onde iríamos chegar, fomos para o quarto, a cada peça de roupa que iria caindo, era à vontade aumentando. E o medo? Tinha desaparecido assim que olhei aquela mulher com sua calcinha de renda vermelha. Em um piscar de olhos, os dois já estavam sem roupas, os beijos ficaram mais quentes, os arranhões iam aumentando, aquela cama estava completamente incendiada. 

Começamos o ato, o nervosismo de antes, deu lugar a uma vontade absurda. A cama tremia com os movimentos intensos e os seus gemidos em meu ouvido, “pareciam” o hino da Champions League cantado pela Adelle com um toque do gemidão do WhatsApp. Uma primeira vez com classe, pra nunca mais ser esquecido. Uma descoberta de algo extremamente intenso e gostoso. Sem dúvidas, uma realização, até mesmo, porque, envolvia muitos sentimentos. E, é como dizem: “Transar é bom, mas fazer amor é muito melhor.


Por Lispector de Assis.

4 comentários:

  1. "[...]seus gemidos em meu ouvido, “pareciam” o hino da Champions League cantado pela Adele com um toque do gemidão do WhatsApp" CARA KKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Muito bom, como sempre.

    ResponderExcluir
  2. Vc é incrivel! kkkkk
    "o hino da Champions League cantado pela Adelle com um toque do gemidão do WhatsApp." Que maneira de descrever!
    SOU TEU FÃ

    ResponderExcluir
  3. Conseguiu de forma maravilhosa deixar o texto leve e engraçado! Mandou demais! Só fica ligado(a) na questão de crase na parte "... a cada peça de roupa que iria caindo, era (à) vontade aumentando", nesse "a" não precisaria de crase, porque é junção somente de artigo + o substantivo. beijao e parabénsssssss

    ResponderExcluir