sábado, 3 de junho de 2017

Adrenalina. Hormônio que conduz a vida de Alberto Veiga. Como biólogo, ele quer entender como ela funciona. Como fotojornalista, ele a sente a cada "click". De ideologia bem definida e influenciada pelos seus relacionamentos, a cada trabalho ele posiciona seu equipamento um pouco mais pra esquerda em busca do enquadramento perfeito que mostre ao mundo o seu olhar acerca dos acontecimentos, principalmente políticos, do Brasil.

Discrição. Palavra que acompanha a vida do fotógrafo. Não só por precisar se camuflar em meio aos cenários conturbados de seu trabalho, mas por tê-la como essência. Pouco nos informa sobre sua vida pessoal, veste-de de maneira simples, apresenta suas ideias e trabalhos sentado em uma mesa, falando baixo, palestrando como se estivesse batendo um papo com amigos em uma mesa de bar. Não se engane, entretanto: não é raro os momentos onde sua fala carregada em sotaque carioca, dê espaço para a carga de ironia, logo disfarçada por uma risada, essa sim, nada discreta.

União. Palavra que Alberto sabe como usar. Consegue, como ninguém, interligar paixões e funções diferentes em um só propósito. Quem mais poderia dissertar sobre as semelhanças entre o fotojornalismo e a faculdade de Biologia? Interliga algo tão puro como a natureza ao caos da política; e não erra. Além disso, foi a aliança com as lutas de seu pai, sindicalista, e com a formação de sua mulher, jornalista, que o tornou o que é hoje: realizado e orgulhoso em tudo que faz.

Filho. Marido. Biólogo. Fotógrafo. Jornalista. Esportista. Alberto. Se realiza profissionalmente unindo a discrição de um fotógrafo com a adrenalina de seus gostos pessoais, ou a adrenalina de ser um fotógrafo com a discrição de sua vida pessoal.

Renata Milena

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