sábado, 3 de junho de 2017

Quando vi a neve pela primeira vez, me senti realizado, foi um sensação encantadora e inesquecível. Essas duas palavras expressam o que foi ouvir um pouco da história dele. O seu olhar e a visão do mundo estavam intactos na beleza e na denúncia das fotos. Me fez no mínimo refletir. Refletir sobre política (foi golpe) e direitos humanos, sobre a vida e a violência, sobre a realidade que passa diariamente sob meus olhos - onde eu não enxergava arte.  
Eu vi paixão em seus olhos, seus gestos, suas expressões refletiam indignação, coragem e determinação. Naquele dia eu viajei, fui parar nas manifestações no Rio, fui a Brasília, a Curitiba e a Copacabana. Senti a sua bravura e destemor de deixar o mercado das ciências biológicas e viver fotografia. 
Suas experiências e seu conhecimento, estampado em alguns cabelos grisalhos, fascinou aquela turma de primeiro período. Estavam todos sedentos por informações, por um pouco mais do seu trabalho. Dentre todas as respostas e conversas na entrevista daquele dia, quando ele disse “A imagem traduz livremente o mundo a partir dos olhos de quem vê”, eu tive certeza do que faria dali pra frente. 
Foi um prazer conhecê-lo. Obrigado, Alberto.

Mahara

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