O encontro entre a guerra e a paz. Os gestos a denunciar a ânsia para se confortar. Um pouco de retração, um instante de poucas palavras.
Está chegando lá.
No relato de sua história há outras mil para contar.
O agente da denúncia, a testemunha ocular. Hoje é chão, é gás, é bomba, mas já foi apenas mar. Muito descansou sob a brisa e a maré, agora captura o mundo no meio da multidão que corre à pé.
Os olhos famintos que muito viram, a lente voraz para captar a cena, escancarar o desespero, confessar o apelo e entregar o medo.
Falar sobre si, se sentir compartilhado: diz que não se importa em ser lembrado.
Como pode? Sendo o agente, a testemunha, a vítima e o acusado?
Tem a guerra e a paz de Milton, Chico e Caetano. Tem a experiência da calmaria, e a agitação da revolução. Identifica o verde do mundo, reconhece o cinza da rua, eterniza a paleta da cena.
É sim pela arte.
É sim para representar.
Só não é para decorar.
A feição contemplativa de quem guarda a mais bela vista, a voz carregada do brasileiro, da sua cultura e do seu semeio.
Nada espera ser para a memória.
Segura os pés na terra, mas se engana: não há somente o presente para quem faz história.
Por Tyler Durden
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