segunda-feira, 19 de junho de 2017

Distância (s.f.) – lenha que aumenta o fogo da saudade.

São 03:31h da manhã. E eu não consigo dormir.
Já ouvi todas as músicas da minha playlist. E todas me lembram você.
A angústia preenche meu peito. Eu desligo a música. Fico em meio ao silêncio. Em meio ao silêncio e à escuridão. As horas passam. O sono não vem. Só pensamentos preenchem minha cabeça. Todos são sobre você.
Pego o telefone novamente. No papel de parede: nossa foto. Nossos melhores sorrisos capturados no nosso melhor dia juntos.
Esqueço o que ia fazer. Fico olhando a foto. A saudade substitui a angústia. Ou sempre foi saudade?
Abro nossa conversa e vou até as mídias... tantas fotos doidas... tanto carinho guardado.
Considero que seja melhor parar de olhar. Coloco sua música favorita pra tocar. O choro entala na garganta. Troco. Ouço a minha música favorita. E choro. Eu só gosto dela porque fala de sorriso e me faz lembrar o seu - que é o meu predileto.
Sinto vontade de te ligar e dizer que não tô suportando essa distância. Dizer que eu quero acordar amanhã com você e passar o dia inteirinho rindo das nossas bobeiras ou emburrada por você não parar de repetir que eu sou muito chata.
Olha, se eu pudesse ficar pertinho de você, juro que seria a pessoa mais legal do mundo e não reclamaria de nada. Eu lavaria a louça sem implorar pra você lavar só mais dessa vez e não faria um escândalo quando você deixasse a toalha molhada em cima do meu travesseiro. Eu deixaria você ver tv antes da gente dormir e não te chutaria a noite inteira. Eu não discutiria mais por ciúmes, te emprestaria meu livro preferido e me esforçaria para que isso não passasse de uma promessa vazia.
Cogito mandar uma mensagem. Lembro que só tinha pegado o telefone para ver a hora.
Ainda são 3:49h. Eu preciso dormir.
Laura Haruna

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