Foi então que ela me chamou a atenção. Calçava um Pharrel azul e rosa em seus pés. Era lindo e de muita personalidade. A maioria não fugia do óbvio, a ocasião realmente não pedia, mas ela era especial. Não julgo os outros, eu era como eles. Tempos de escola..Um nmd surrado era o que bastava. Mas não pra ela. Foi aquilo que despertou meu interesse.
Isabela.
Inacreditável não ter notado antes. Ela sempre esteve ali, mas passava despercebida. Talvez eu não quisesse ver, mas naquele dia eu a vi, a enxerguei. Nada me custava mandar uma mensagem, talvez tomar um pouco de coragem. Demorou, mas eu tomei. Engoli seco e esperei o melhor. E ele veio muito rapidamente.
Meiga e simpática, várias eram as coisas que tínhamos em comum. Não demorou para nos aproximarmos. Infelizmente, não fisicamente. A pandemia impedia essa aproximação. Foi melhor assim. Isso fortaleceu nossos laços. Nada de pente-rala ou um amor casual. Desenvolvemos algo especial.
Nossas madrugadas eram agitadas, nenhum de nós costumava mesmo dormir cedo. Jogatinas, séries e risadas. Meu amor era a minha melhor amiga, e não havia nada melhor do que isso. Meses se passaram e o nosso contato era cada vez maior. A flexibilização permitia nosso encontro, e ele aconteceu. Foi quase perfeito. Não tínhamos nada, mas tínhamos tudo.
Ela, porém…Tempos ruins, não gosto de me recordar. O que importa é que chegamos muito perto do fim, de forma quase irreversível. Quase. O tempo foi um excelente remédio para as nossas feridas. A gente sabe como é amar. Podemos correr, mas estamos andando em círculos. Talvez seja um bem grande, mas nos encontraremos no mesmo lugar.
Por JuninMarss
Estamos sempre andando em círculo. Gostei do texto!
ResponderExcluirUma abordagem interessante ao abordar a vida ( amorosa, por ex) na questão de sempre ficar em círculos.
ResponderExcluirPô curti demais o texto, senti seu sentimento de confusão...
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