sexta-feira, 30 de setembro de 2022

 Será que realmente somos alguém? Tantos desejos reprimidos pelo simples fato de não ser alguém especial o suficiente para realizá-los. Colocamos um grupo muito restrito de pessoas em um pedestal para realizarem os sonhos de todo o resto e apenas nos conformamos com o nosso suposto fracasso. Celebridades, políticos, bilionários, será que eles realmente merecem ser alguém no nosso lugar? Ou será que se tivéssemos todas as oportunidades que lhes cercam faríamos as coisas diferente? Eu sei que faria.

Se eu fosse alguém, não gastaria bilhões para construir foguetes que pretendem levar os mais ricos à Marte quando a terra se tornar inabitável, não declararia apoio à um Presidente que usa um feriado nacional para dizer que é inbroxável, não me manteria calada perante às grandes polêmicas pelo medo da exposição. Se eu fosse alguém, eu aproveitaria da minha imagem para trazer visibilidade aos que mais precisam e para as questões mais importantes. É muito angustiante ter tanto a dizer e ninguém para ouvir, é como querer voar e ter suas asas cortadas. Além da parte moralmente importante, se eu fosse alguém também iria nas maiores festas, conversaria com as maiores personalidades, seria chamada para os maiores empregos, teria a melhor casa e diversos outros desejos fúteis. Ah como deve ser bom ser alguém… 

Por Eleanor Rigby


Um comentário:

  1. muito boa a crônica! conheço bem esse desejo de ser alguém e querer fazer as coisas diferentes. Espero que você consiga e que faça tudo diferente!

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