Amiga, leal e companheira. Eu achava que essas eram as minhas principais
características até o dia em que eu me apaixonei pelo ex namorado da minha amiga e a
minha vida virou de cabeça pra baixo.
Em 2016, minha amiga Joana terminou com o até então, namorado dela, Guilherme.
Desde esse término, Guilherme passou a tentar ficar comigo em todas as ocasiões em
que me encontrava, inclusive em festas em que Joana estava presente. E eu, como a fiel
amiga que sempre fui, nunca dei condições para as investidas dele.
Em 2019, um ano depois da última investida de Guilherme em mim, eu fui para a
casa de um amigo, pois tínhamos planejado uma reunião para organizar uma viagem de
réveillon, e Guilherme também estava lá. Desde essa reunião, esse grupo da viagem
passou a sair junto todos os finais de semana, o que fez eu e ele nos aproximarmos
muito.
Até então, eu achei que estávamos criando uma amizade, até que em uma festa ele
chegou em mim e nossos rostos se esbarraram, ele olhou para mim, eu olhei para ele e
depois de tantos anos, aconteceu, nos beijamos. Desde o primeiro momento, achei que
era um erro, apesar de um erro muito bom. Fui para a casa naquela noite achando que
aquilo nunca mais aconteceria, o que me trazia certo alívio.
Mas eu estava completamente enganada, começamos a ficar juntos todos os finais de
semana e eu achei que tinha tudo sob controle, mas, na verdade, hoje eu sei que já
estava completamente apaixonada e recalcando aquele sentimento. Apesar de todo
prazer que aquela relação me trazia, eu me sentia totalmente culpada por estar vivendo
algo tão intenso com alguém que tinha sido tão especial para Joana.
Recalquei esse sentimento durante muitos meses, fingia para mim, para Guilherme e
para todos que eu nunca me apaixonaria por ele e que a nossa relação era totalmente
casual. Depois que voltamos da viagem de réveillon, Guilherme me chamou para
conversar e falou tudo que ele sentia por mim e me pediu em namoro. Nesse momento,
eu já tinha conversado com Joana, que tinha dado sua “benção” para a minha, até então,
relação casual, então resolvi aceitar o pedido de namoro de Guilherme e assumir tudo
que eu sentia, na esperança de que tudo ficaria bem e que aquela culpa sumiria.
Mas, não foi o que aconteceu. Durante todo o meu namoro com ele, eu não conseguia
me livrar da culpa que eu mesma tinha inventado, me sentia sempre uma impostora,
sentia que estava ocupando um lugar que não era meu e sim da minha grande amiga
Joana, que eu fantasiei ser o grande amor da vida dele. Mesmo depois de muitas sessões
de terapia, eu não conseguia parar de me comparar com Joana e aceitar que Guilherme,
agora, era o meu namorado, não conseguia parar de sabotar o relacionamento, sempre
brigando por motivos bobos e falando que era melhor a gente se separar, já que nem
deveríamos estar juntos.
Eu nunca consegui contar isso tudo para Guilherme, a única vez que eu entrei nesse
assunto e ele me perguntou se o fato de já ter namorado com minha amiga me
incomodava, eu disse que não porque tinha muita vergonha de assumir isso. O
relacionamento com Guilherme ficou insuportável para nós dois, eu simplesmente não
conseguia viver em paz com ele, até que ele não aguentou mais e terminou. E foi assim
que eu perdi o meu amor para essa neurose gerada pelo conteúdo recalcado.
Fada Amarela e Rosa
Fada Amarela e Rosa, temos o sobrenome em comum né, mas focando no seu texto, falar o que você sente poderia ter evitado muita coisa, o Guilherme não sabe o que passa na sua mente, e a base de um relacionamento é a comunicação, mas quem sabe um dia vocês se esbarrem depois de um tempo, em versos diferentes e amadurecidas de si... Boa sorte nessa sua jornada de amadurecimento pessoal. Axé!
ResponderExcluirCaramba, Fada, que coincidência, já passei pela mesma situação. Impressionante como nossas neuras nos sabotam o tempo todo, espero que você tenha conseguido se livrar desse sentimento de culpa!
ResponderExcluirFada, senti o peso daqui. A culpa, que muitas vezes criamos ao nada, nos consome e prejudica até a forma que sentimos os amores mais puros. Todos sofrem disso, o que nos resta é aprender a lidar. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirOi, Fada. Eu consigo entender completamente, as coisas simplesmente fogem de controle. Começam pequenas, e vão crescendo e crescendo... parabéns por ter conseguido transmitir isso no texto.
ResponderExcluirOi, Fara amarela e rosa. Antes de tudo, queria dizer que adoreiiiii este nome. exala a doçura e a meiguice de alguém que não se permitiu ser feliz por medo de estar sendo feliz sobre a felicidade de outro. Mas olha, se fosse para eles serem felizes juntos não teria existido esta brecha para que você chegasse, né? Será que ainda é tarde para recomeçar?
ResponderExcluirah! um conselho para o seu texto. Cuidado com o uso de pontuação. às vezes eu precisei voltar para entender. avante, companheira!
Oii Fada, antes de tudo, eu gostaria de falar que eu adorei o seu texto! Eu consegui me envolver muito na sua situação e até me senti próxima de vc! Agora, sobre o conteúdo do texto, acredito que o que faltou principalmente foi a falta de comunicação entre vc, Joana e Guilherme, pq essa é a base de qualquer tipo de relacionamento e sem ela, além de vc se sentir mal, nada se resolve. É uma situação complicadíssima e, na maioria das vezes, não funciona, mas eu acredito que todos amadurecem com o tempo e que, na vida, é necessário buscar sempre a felicidade com quem a gente gosta. Boa sorte na sua caminhada!
ResponderExcluirOiii Fada, primeiramente amei seu nome e seu texto está lindo. Não sei se ainda dá tempo de voltar, mas você poderia tentar expor isso para o Guilherme tenho certeza que ele entenderá o seu lado, às vezes nossas paranoias e monstros que criamos acabam nos atrapalhando, mas nada que uma boa conversa não resolva. Que você fique bem e não sinta mais culpa de nada. Parabéns pelo texto!!!
ResponderExcluirOi Fada, acredito que eu não posso te dizer nada que essa experiência já não tenha te ensinado. As vezes, quando a gente releva alguma coisa, mesmo que seja na tentativa de evitar um conflito, acabamos criando uma bola de neve. Espero que essa situação, por mais que dolorosa, traga alguma lição que você possa tirar dela.
ResponderExcluirOi, Fada. É louco como essas culpas geradas pela nossa cabeça podem nos privar de sentimentos e experiências, né? Bom, no final das contas eu acredito que o diálogo é a base de tudo nessa nossa breve passagem pela vida, e todas as nossas experiências colaboram para um melhor diálogo no presente e futuro. Meu conselho é não ficar remoendo o passado, o presente é belo, use seus aprendizados para moldar um futuro mais belo ainda. Ame, sem culpa.
ResponderExcluirFada, o texto foi super envolvente e consegui sentir a sua lamentação daqui. Guilherme é pra você o amor da sua vida, e o meu conselho é para que você não deixe esse amor escapar. Corra atrás e não o deixe ir!
ResponderExcluirUau, Fada! Lendo seu texto eu pude te entender claramente. É mesmo uma situação muito complicada, mas eu sei que, com o tempo, você vai encontrar o amor novamente, um amor fácil, leve e sem recalque para pesar a relação.
ResponderExcluirAchei seu texto simples muito bom! Pois ele não é complicado, e consegue passar exatamente o que quer passar, o sentimento que quer passar. Também achei completamente dentro do tema proposto. Eu não sou um especialista nessa área do amor, sei mais sobre as outras coisas da vida, mas espero que você consiga lidar com isso em algum momento (torço por você), seja falando com ele ou não, se libertando sozinha ou não(caso tenha algo pra libertar na verdade. Bjs
ResponderExcluirAh, aliás, amei o título.
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