Quantas vezes já ouvimos frases que simplesmente diminuem algum grupo existente apenas por ele ser diferente? Sejam esses grupos pertencentes à camadas mais carentes da sociedade ou parte da comunidade LGBTI, sempre foram recriminados e a tendência é que isso permaneça assim.
Essa visão mais pessimista vem após a aprovação de uma norma na Hungria que, entre outras coisas, proíbe a exposição de temas homossexuais nas escolas do país. Não se sabe o motivo da criação da lei, mas pode-se supor que se trata apenas de uma vontade que já é muito reprimida pelo governo de extrema-direita no país.
O assunto tomou as manchetes dos jornais esportivos, pois o confronto Alemanha X Hungria, sediado na Allianz Arena, estádio da cidade de Munique, foi impedido de exibir as cores da bandeira LGBTI na iluminação do palco do evento. A desculpa utilizada pela UEFA (organização que cuida do futebol na europa) é de que tal manifestação iria servir como manifestação política (contra o governo húngaro) e não um ato de apoio. Seja isso verdade ou não, é “entendível”!
O resultado veio em campo, já no fim do jogo, Goretzka, jogador alemão, fez o gol que eliminou a Hungria da Eurocopa (competição onde os países se enfrentaram) e comemorou com um gesto muito simbólico: fez um coração com as mãos e o mostrou para a torcida húngara. Para alguns foi protesto, para outros, apenas um gesto de compaixão de um país que já oprimiu tantas pessoas e que hoje luta para esquecer seu passado tenebroso.
Acho que já me alonguei demais no assunto e até desvirtuei um pouco, mas a visão é essa: Aquele que oprime muitas vezes queria ser igual o oprimido e não consegue se libertar das amarras que o prende. Que o futuro seja de mais liberdade e amor, é só um desejo… Um desejo por mais gestos simbólicos como o de Goretzka.
Lawzineo
Verdade, Lawzineo. Muitas vezes o preconceito esconde uma vontade - e uma falta de coragem - de ser semelhante do outro.
ResponderExcluirHungria, com Orbán, é igual o Brasil com o você-sabe-quem, é só desgraça. Mas, como você mesmo disse, o futuro tem possibilidade de ser diferente.
ResponderExcluirO futuro pode ser diferente, resta mudaro agora
ExcluirLawzineo, é tão básico alguém odiar o outro pela sexualidade, não é? Admito que nunca entrou na minha cabeça o porquê disso acontecer, não tem coerência, não faz sentido! Isso nem deveria estar sendo debatido em 2021! Porém a realidade é diferente. Espero que nas próximas gerações isso mude, porque hoje é algo que beira a um ridículo o qual pode matar.
ResponderExcluirUma "escolha" tão natural quase que condena para a morte é inconcebivel na minha visão de mundo
ExcluirEm pleno 2021, ainda temos que lidar com esse tipo de preconceito, que absurdo né? Assim como você disse, espero que existam mais pessoas como Goretzka por aí!!
ResponderExcluirMuito bom, e extremamente necessário seu texto, Lawzineo. Como em pleno Século XXI ainda vemos situações de opressão e repressão ocorrendo ainda e partindo do próprio Governo. É lamentável, mas acredito que em algum momento, iremos viver uma igualdade equitativa para todos, e não gostaria que isso fosse uma utopia.
ResponderExcluirMuito bom! Sonho com o dia que o tema vai entrar mais no futebol, sinto que eles tem a força de mudar muita coisa, mas que tem medo de sua imagem pública ser afetada, não percebem que eles é que tem força pra mudar a opinião pública, em parte, sobre alguns temas.
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