Me perguntei, inúmeras vezes, qual pseudônimo eu analisaria, haja vista que não consegui postar o último texto por razões pessoais. Bom, hoje decidi falar do Nils Sjöberg. Percebi que temos muito em comum. Começo, fazendo um breve elogio: pelo pseudônimo escolhido, sei que você tem um ótimo gosto musical (temos uma grande admiradora da Taylor Swift falando aqui). Ah, e amei as referências musicais a cada crônica! Eu, particularmente, curto muito referências e intertextualidades. Ficou incrível!
Sjöberg, você me parece uma pessoa autêntica e muito, mas muito, observadora e descritiva. Essas características são bastante importantes não só para escrever crônicas, mas também para a vida. Elas trouxeram aos seus textos uma forma admirável de olhar para o próximo e para os mais simples fatos do dia a dia. A maneira como você descreveu a dor de uma mãe com um recém-nascido, em um momento de extrema dificuldade, me tocou muito. Para muitas pessoas, eles eram invisíveis, nem se lembrariam mais nos minutos seguintes. Você teve total sensibilidade ao olhar para aqueles que mais precisavam, captando toda a sua dor, dando voz ao denunciar o desprezo que eles sofreram. O mundo precisa de mais pessoas assim.
Eu te vejo como um destemido defensor das mais importantes causas. O texto “Homofobia? A gente vê por aqui”, infelizmente, foi um tiro certeiro. Não me entenda mal: o texto está muito bem escrito, mas me entristece, profundamente, ele precisar ter sido escrito. A realidade brasileira ainda é muito inóspita para a comunidade LGBTQIA+. E, pelo visto, o cenário está bem longe de mudar, principalmente com o (des)governo que temos por aqui. Com o avanço da internet, somos praticamente obrigados a ler, diariamente, intolerância e preconceito de “cidadãos de bem e de família”, disfarçados (ou nem tão disfarçados assim) de opinião. Sinceramente, espero que a próxima geração seja menos intolerante e homofóbica pois o que vi e vivi, sendo de uma família de cidade pequena e estudando em colégio religioso, me desanimou muito.
Fiquei bastante emocionada e me vi no seu texto “Descanse em paz, eu”. Mais uma vez, você demonstrou força e o dom da sensibilidade. E acho que eles são um diferencial na sua escrita. Realmente, está sendo doloroso perceber que as coisas não estão sendo mais como antes. Uma vez, ouvi de uma pessoa especial que qualquer tipo de rompimento traz dor... e seu texto me lembrou disso. Não somos ensinados dessa forma, mas a fase adulta é um tipo de rompimento: somos praticamente “jogados” numa selva de pedras e dali para frente precisamos nos virar e dar o nosso melhor, independente da situação. Lidar com o luto do crescimento é doloroso, mas inevitável. Também sigo lidando com ele atualmente...
Nils, quero que saiba que, pelo pouco que consegui saber sobre a sua pessoa, já admiro muito. Você parece ser uma pessoa sensível e gentil, mas que defende e luta, até o fim, pelas causas que acredita e por aqueles que não podem falar por si próprios. Me identifiquei muito com a sua maneira de ver o mundo, com os seus posicionamentos e, claro, com o seu maravilhoso gosto musical. Você escreve muito bem!
Atenciosamente,
Luísa Novelli
achei muito fofo o seu texto, sério, amei!
ResponderExcluirAh, que legal ver esse carinho. Também acompanho e vejo que é uma pessoa que observa muito.
ResponderExcluirQue texto lindo Luisa, você também foi muito observadora ao descrever essa persona. Concordo com as suas palavras e sou admiradora, assim como você, da/do Nils e o texto "Descanse em paz, eu" também me emocionou e marcou muito <3
ResponderExcluirAmeii seu texto, Luísa! Concordo com tudo o que disse sobre o/a Nils, parece ser uma pessoa muito sensível e observadora. Muito legal ver sua identificação e carinho por ele/ela.
ResponderExcluirAdoro os textos do/a Nils e amei a forma como você o/a descreveu! Concordo muito!
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