verdadeiramente, rainha do nada

Confesso que estou pensando nessa resposta desde que o professor mencionou que teríamos que escrevê-la.

Mas a verdade é que eu não sou ninguém.

Tá legal, sendo um pouco menos pessimista. O que vocês conhecem como Rainha do Caos tem muito mais a ver com o que eu desejo ser do que com o que eu sou de verdade. Eu fui por muito tempo a pessoa que busca validação nos outros, que tenta o tempo todo corresponder às expectativas de terceiros e que busca se moldar para encaixar em certos padrões. Por esse exato motivo eu me perdi de mim mesma, com o tempo fui deixando de perceber o que era essencialmente meu e o que estava em mim porque os outros desejavam.

Então é, Amora, você deu o azar de ter que falar sobre uma pessoa totalmente perdida, mas até que você se saiu bem.

Se posicionar quando necessário? Meu sonho. Mas estou trabalhando nisso. Essa é uma característica que parece muito mais sua do que minha, pelo menos foi o que eu senti através dos seus textos.

Porém você acertou quando disse que quando tenho um problema eu guardo as coisas para mim. Eu sempre fiz isso, desde quando era bem novinha (pelo jeito você também faz isso as vezes, certo, Amora?) e é uma coisa que eu não suporto.

Bem, para mim é muito mais fácil descrever os outros, principalmente porque hoje em dia nós somos tão sobrecarregados por informações que às vezes esquecemos de prestar atenção em nós. E eu digo prestar atenção mesmo, nos permitir pensar e sentir sem julgamentos ou interferências. Pelo menos isso acontecia comigo, entretanto, durante o ano de 2021 eu passei a me conhecer bem melhor. Algumas coisas com as quais eu me identificava antes já não me cabem mais, outras descobri recentemente.

Ainda assim, sinto que não sou ninguém.

Certo, se eu tivesse que descrever como eu me sinto agora, acho que posso dizer que sou uma pessoa determinada. Não consigo pensar em muitas outras coisas que façam parte da minha essência, aquela versão de mim que está sempre comigo, desde os momentos em que estou com outras pessoas aos momentos que estou sozinha. Acho que posso dizer que eu sou meio maluca das ideias porque eu faço umas reflexões que parecem fazer sentido somente na minha cabeça (essa crônica é bom exemplo disso). 

Sem querer me estender ainda mais, não posso deixar de dizer que todas essas reflexões e coisas relacionadas ao autoconhecimento têm me deixado ainda mais forte, tenho mais noção dos meus defeitos e aquilo que eu desejo mudar e tenho me esforçado para alcançar a versão de mim que eu desejo ser. Já venho enxergando resultados e isso me deixa muito feliz, aliás, obrigada pelos comentários, fico muito feliz que vocês me achem estudiosa. 

Resumindo, sou uma pessoa (ainda) inconstante, enfrentando muitos dilemas e em busca de evolução, um pouco caótica, não acham? Para concluir, digo que the old me can’t come the phone right now. Why? Oh, cause she's dead.

É isso, ainda tenho um caminho a trilhar, mas quem sabe eventualmente eu não alcance coisas incríveis e me sinta como uma verdadeira rainha?

Rainha do Caos