Rômulo Castelo passa grande parte do seu tempo se preparando para realizar um dos
seus maiores sonhos. O pianista vive isolado de tudo e de todos em uma sala com
isolamento acústico. E falando a verdade, quem nunca se dedicou muito para realizar
um sonho? Hoje estamos na universidade de cada um sabe do seu próprio sacrifício para
estar nesse espaço atualmente.
Dona Marisa, esposa de Rômulo, que presenciou e confirmou aquela famosa frase: “na
saúde ou na doença...”. Ela é a mais distante do sonho do marido. Sem a companhia do
seu grande amor, vivendo praticamente um mundo paralelo dentro da sua realidade.
Muitos nessa vida vivenciaram o desprazer da solidão e, provavelmente, a grande
maioria dos leitores criam mais empatia por Marisa do que por Rômulo.
Porém, nesse “jogo” de bolhas existe um ser humano, o Franz, filho do casal. O nome
do garoto é em homenagem a Franz Liszt, a maior inspiração artística de Rômulo.
Nessas primeiras páginas do livro “Dor fantasma” é incrível que uma das ligações mais
fortes entre pai e filho é a homenagem a Franz Liszt. Imagino que a dona Marisa deve
ser o porto seguro desse menino, assim como muitos consideram na vida real a mãe
neste grande elo maternal.
Três vidas que se conectam, no entanto, ambos parecem tão distantes, dentro de suas
próprias bolhas. Marisa tem o duro papel de ser a grande articuladora dessa história,
sofre com a distância do marido, mantém tudo em ordem, é ela que liga diretamente pai
e filho em uma relação extremamente afastada... Marisa é a peça principal desta trama, a
grande maestra da família, assim como em nossa própria realidade as nossas mães são
as maestras de nossas vidas.
- Pérolas do Cléber Machado
Interessante análise do livro, eu apenas trabalharia em diminuir certas redundâncias presentes na sua escrita.
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