Antes de começar a escrever, pensei muito em falar de Rômulo. Contudo, como
vou falar dele se o que mais me chamou atenção foi a situação da sua família? Isso fica
claro de perceber logo no início do livro. Marisa, sua esposa, e Franzinho, seu filho,
parecem viver uma vida isolada a do músico, que é o grande culpado por isso.
É perceptível em vários momentos já nas primeiras páginas que a rotina que
Rômulo leva exclui por completo os outros integrantes da família. Os esforços de
Marisa em tentar saber do dia de seu marido, não só por ser sua esposa, mas sim por ser
uma ser humano que tem características de socialização, me fazem refletir, pois esse é
um cenário muito real em vários lares da nossa sociedade: Um marido ausente, que não
faz questão de dar detalhes do seu dia e nem se preocupa com as respostas que vai dar,
que vem por meios de múrmuros.
Uma intensificação disso acontece quando vemos que o lugar da casa que ele
passa mais tempo, a sala de estudos, tem isolamento acústico. Ou seja, nem a mulher
nem o filho podem ter o prazer de escutar nem que sejam só algumas notas do seu
trabalho. Uma casa completamente silenciosa, em que Marisa cria Franzinho de uma
forma que o garoto nem sinta tanto a falta do pai. Os momentos de alegria e brincadeira
entre os dois são completamente o oposto dos diálogos entre ela e Rômulo por exemplo.
Poderíamos pensar de vários formas sobre o que acontece nessa família, de
ambos os lados, sem necessariamente apontar o certo e o errado. Porém, as minhas
primeiras impressões sobre essa família, me fazem pensar que o pianista escolheu o seu
trabalho a seu lar desde muito tempo e que isso resultou no que se passa na história
atualmente.
-Taylor Swift Da Cantareira
Gostei bastante do seu texto, Taylor, mas acho que você fez mais uma análise do texto em si do que uma crônica literária.
ResponderExcluirGostei do seu texto, trouxe uma visão que eu compactuo também.
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