quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

8 ou 80, bom ou mau?

 Algo me intriga em figuras polêmicas. Acredito que todos nós estamos aptos a sermos seres polêmicos, e ressignificar essa característica é importante para que possamos enxergar verdadeiramente alguém. Washington Quaquá e Che Guevara são assim. Seres polêmicos. Há quem ame, há quem odeie. Mas uma coisa é certa. Ambos buscam um ideal.

            A realidade é que todos nós temos algo que nos move. Um ideal, um sonho, um objetivo. O que movia Che e move o vice-presidente de um dos maiores partidos políticos do país é a igualdade. A sede por revolução é latente e é visível em cada palavra dita por Quaquá. E Che.

            Devo admitir que a idolatria acerca de uma figura como Che é outra coisa que me intriga.  Ao pesquisar no Google, 8 ou 80. E é aí que eu ressignifico o ser polêmico que ele foi. Che era um homem político. Era um menino que deixou de ser menino a partir do momento em que conheceu o mundo real. A dor, a fome, a desumanização de pessoas. E isso o fez crescer. Sobre seus erros? Óbvio que ele teve vários. Sobre seus métodos? Nem sempre agradavam a todos. Mas uma coisa é verdadeira: Che Guevara era um amante. No sentido mais literal da palavra. E isso o fez revolucionário.

            Quaquá, por sua vez, que tem como ídolo o responsável pela Revolução em Cuba, é um seguidor fiel de seu ideal. “Se você se incomoda com as desigualdades, é necessário mobilização.” E assim fez. Vice-presidente do PT, ex-prefeito de Maricá e um grande apaixonado por Cuba, é um homem que acredita nas pessoas. E sabe que para governar, é preciso pensar no povo. Novamente, 8 ou 80. Há quem ame, há quem odeie. Mas a realidade é que ninguém é 100% bom ou 100% ruim, e reconhecer isso nos faz humanos.

            Escrever sobre a “dupla” Quaquá e Che, tão polêmica, foi uma missão que me trouxe diversas reflexões. Nenhum dos dois são perfeitos. Mas por outro lado, nenhum dos dois é tão ruim que não mereça ser lembrado. No final do dia, o que deixamos de ensinamento para esse mundo é o que importa. E esses dois deixaram o ensinamento de que fazer revolução é a única forma de combater as desigualdades do mundo real.

 

Cecília Quintana

9 comentários:

  1. Como sempre você escrevendo de forma impecável Cecilia, eu amo seus textos demais amiga.

    ResponderExcluir
  2. Meu Deus, Cecília... Seu texto está muito bom, sério, eu amei muito

    ResponderExcluir
  3. Amei o seu texto, Cecília! Concordo com as suas palavras.

    ResponderExcluir
  4. Seu texto está muito bom. Nem tenho doque criticar. Parabéns!! Me surpreendeu

    ResponderExcluir
  5. seus textos são muito poéticos, gostei mt.

    ResponderExcluir
  6. Parabéns pela análise e crônica Cecília!

    ResponderExcluir
  7. Cecília, você é talento puro!! Amei sua análise e crõnica, muito bem escrita. Parabéns!! <3

    ResponderExcluir