Felicidade é um estado imaginário? 

Estamos vivendo o tempo do imediato, do passageiro, dos conhecidos anônimos, do self, do modo descartável, da busca do ângulo perfeito para postar nas redes sociais e ganhar “ likes” como um cafuné no ego.

O Instagram por exemplo, virou um mundo de  fantasias.

Corpos esculpidos a luz de programas de edição, que fazem pessoas comuns se transformarem em um passe de mágica em modelos de capa de revista, festas super divertidas, viagens fabulosas, casas cinematográficas, mesas repletas de livros que nunca foram lidos, rostos congelados com filtros, que ofuscam a realidade. 

São muitas telas que colam na retina e ofuscam o mundo real que acontece embaixo da nossa janela, privando por escolha própria, o nosso olhar para a vida que urge lá fora.

Ao longo de toda história do pensamento, nos divãs dos psicanalistas, nos debates calorosos nas mesas dos bares, nos  escritos secretos dos diários esquecidos na gaveta do quarto:  o ser humano vive a busca infinita pela felicidade.

A gente quer ser inteiro, não pela metade, a canção do Titãs nunca fez tanto sentido.

Queremos amar e ser amados, descobrir qual é a nossa verdadeira vocação ( aquilo que brilha a alma e dizem que nascemos com esse dom) e ter uma profissão que nos encante todos os dias, ter um grupo de amigos incríveis, ir em locais divertidos, viver todas as experiências mais maravilhosas possíveis, ter saúde, sermos nós no auge da nossa essência com coragem e facilidade.

Será que a felicidade é um estado de ser ou uma busca frenética que muda de cor a todo instante e corremos feito tolos para alcançá-la? 

Eu acredito mais que seja o caminho e não a chegada.

Por Dai Iad