Parou. O mundo parou. Sim, bilhões de pessoas ao redor do planeta entraram em quarentena por causa de um vírus. A situação se assemelhou aos roteiros mais mirabolantes já produzidos nos filmes hollywoodianos de ficção científica, porém com uma única diferença: A realidade. Desta vez não podemos pausar o filme ou sequer sabemos a duração do mesmo. O mundo tem enfrentado, talvez, a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). E, obviamente, não estávamos preparados para lidar com o longo período de isolamento social.
O cenário ainda é assustador. Nos revelou toda nossa insignificância e fragilidade enquanto seres humanos. Do ponto de vista particular, expôs todos os meus medos, inseguranças e gerou traumas que potencializaram crises de ansiedade e depressão.
Certamente, carregarei comigo cicatrizes emocionais, até sabe-se lá quando, oriundas desse período de solidão e confinamento. Certamente, lembrarei com tristeza os dias em que buscava minha avó, no ápice da pandemia, na hemodiálise. Ruas desertas. Cidade vazia. Só o meu carro na rua. Parecia cena do apocalipse. Jamais esquecerei. Certamente, também lembrarei para sempre do dia em que saí de casa, após muitos meses, para voltar a socializar e tive uma crise de pânico. Ou dos choros de raiva ao acompanhar os noticiários e o medo de perder minha vó que faz parte do grupo de risco. Jamais esquecerei, mesmo que até queira.
Por Malcom King
Querido Malcom,
ResponderExcluirCompadeço-me de sua dor, todos enfrentamos essa jornada assustadora juntos.
É preciso ter cautela, mas sei também que não existem palavras capazes de mudar o cenário ou seja sentimentos, infelizmente.
Aconselho procurar algum auxílio médico para que num futuro você seja capaz de findar, tais crises.
Agradeço pela oportunidade de compartilhar seus traumas conosco!
Com carinho,
Shaolin, o matador de porco
Malcom, realmente foi um momento terrível para todos nós. Espero que sua querida avó esteja saudável e que sua situação emocional esteja estabilizada. Quanto ao seu texto, ele começa um pouco impessoal e muito engessado, quase como a reportagem em um jornal. Seria mais intimista e expressivo construir a ponte emocional presente no último parágrafo um pouco antes no texto, pois senão ele termina de maneira um pouco abrupta, como a mensagem na garrafa de um marinheiro que acabou ficando sem tinta para terminar de escrevê-la.
ResponderExcluirCom afeto, Argus.
Apesar de curto, eu gostei bastante do seu texto. A construção do primeiro parágrafo passa bem um sentimento de esgotamento, tão comum ultimamente. Vc aborda o assunto como se estivesse apenas constatando um fato. E mesmo se mostrando esgotado, vc ainda nos proporciona um pouco do seus sentimentos de angústia e ansiedade nos dois parágrafos seguintes. É um texto conciso, direto e muito bem escrito. Parabéns !
ResponderExcluirMalcom, seu trauma é/foi o nosso trauma. Acredito que falo por todos quando digo que te entendemos. Foram tempos extremamente difíceis, mas nos fortalecemos e conseguimos chegar até aqui, no novo começo. Ótimo texto.
ResponderExcluirCom carinho, Aria.
Malcom, agradeço por você se abrir e falar sobre o que o aflige.Espero que você consiga melhorar,sugiro um acompanhamento médico. Eu também enfrento algumas crises e é essencial poder contar com alguém para nos ajudar. Sobre o seu texto, senti que a impessoalidade do primeiro parágrafo deixou o seu texto meio duro e que ele foi se quebrando nos parágros seguintes. Não sei se foi a intenção,mas só pude começar a me conectar com você a partir do meio do texto.Fica bem, cara.
ResponderExcluirAbraços
Malcom, espero que a sua avó esteja bem! Pode não parecer, mas todos nós ficamos com alguma "sequela" da pandemia. Sugiro que você procure ter um acompanhamento na terapia, é libertador ter alguém para ouvir nossos medos e angústias, você sente que não está passando por essas questões sozinho. Estimo melhoras, quero muito que você aproveite ao máximo essa nova fase que é a universidade. Em relação ao seu texto, no início eu não consegui me conectar com você, isso só aconteceu quando cheguei ao último parágrafo. Seu texto foi breve e objetivo, mas eu senti falta de um toque mais intimista, de te conhecer melhor através da escrita. Se cuida e fica bem.
ResponderExcluirCom carinho, Elizabeth.
Malcom, é inevitável que todos que viveram a pandemia como nós se identifiquem com seu texto. Você conseguiu expressar com clareza os sentimentos e os pensamentos que vivam na cabeça das pessoas que passaram por esse momento. Sua escolha de palavras e sua organização de ideias fez com que a leitura se tornasse extremamente agradável, mesmo em texto com temas super profundos e tristes. parabéns.
ResponderExcluirQuerido Malcon, foi incrível a forma como você demonstrou seus sentimentos através deste texto.
ResponderExcluirEspero que você fique bem!
Com carinho, Glória Maria!