Quero começar explicando porque escolhi falar de você, Alek Johnson. Eu não faço
ideia de quem você seja e isso me encanta. Você ser um desconhecido faz com que eu
me sinta parte da dinâmica. Leio vários textos aqui no blog e consigo pensar em vários
possíveis autores, mas quando leio os seus, não consigo te identificar. Será que já
conversamos? Será que já sentamos lado a lado em alguma aula? Talvez você seja uma
das poucas pessoas que eu não conversei ainda. Talvez a nossa relação de colega de
turma seja meramente um sorrisinho e o básico da educação. Isso me intriga, Alek.
Quero dizer que me identifiquei com o seu texto sobre “desejos”, o desejo de
compreender e ser compreendido é raro de ser atingido. Quando falou sobre ser
humano, expôs ter um olhar sensível e também ter humildade, ao reconhecer até aonde
você poderia escrever sobre dona Carolina. Na dinâmica sobre o personagem
“Rômulo”, você qualificou bem algo que também não me agrada: o desprezo que ele
sentia com tudo que não contribuía para a sua busca pela perfeição. Assim como você,
eu também gostaria de viver em um mundo onde os laços importam.
No começo dessa dinâmica, não sabia se seria capaz de admirar alguém apenas pela sua
escrita. Hoje vejo que sim. E enxergo além, pois hoje vejo ainda mais o poder que as
nossas escolhas têm. Você, ao escolher quais palavras serão usadas e eu, ao permitir que
elas cheguem até mim e apenas elas. Por fim, agradeço por não te conhecer – ainda.
Obrigada por manter esse mistério.
De seu/sua leitor(a), Oblíquo e Dissimulada.
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