A forma mais íntima de conexão que se pode estabelecer com alguém é por meio das
palavras. Apesar de nunca conseguirem exprimir fielmente o que sentimos, essa forma de
comunicação é muito potente. E, é justamente pelas palavras que, nesta semana, precisamos
desvendar uma pessoa. Alguém que já conhecemos, mas ao mesmo tempo não temos a menor
ideia de quem seja.
Já que as palavras são nosso caminho para a crônica da vez, resolvi usar duas para
tentar compreender quem é Giorgio Armani, pseudônimo o qual, por um acaso do destino,
estava com seu texto logo abaixo do meu.
A primeira delas é para mim a que mais se destaca em sua escrita : a empatia. Em
mais de um texto Armani me passou a sensação de ser uma pessoa extremamente gentil e que
se importa com aqueles que o cercam. “[...] quando eu souber quem você é irei lhe dar um
abraço, pois essa situação é muito dura de lidar.” Esse trecho, retirado de uma crônica escrita
pelo pseudônimo que analiso, resume bem sua capacidade de se colocar à disposição
daqueles que precisam, e por isso acho que o altruísmo é um traço de sua personalidade.
Talvez essa característica tenha surgido a partir de sua criação. Talvez tenha sido algo
que sempre se fez presente em sua vida. Ou talvez (e, é o que acredito) a empatia que forma
sua personalidade surgiu pelas suas vivências. Momentos de perda o moldaram, e foi por
meio deles que essa capacidade de se colocar na posição de outra pessoa foi aflorada.
Além da empatia, e provavelmente, surgido em consequência dela, acredito que
Armani seja uma pessoa indecisa. Por se preocupar com os demais, Giorgio acaba por pensar
muito em suas ações, e consequentemente, ter dúvidas sobre qual rumo tomar em suas
decisões.
Giorgio, sei que você apresenta muitas camadas além das que supus. Mas, por meio
de suas palavras, foi o que consegui desvendar de você. Espero ter conseguido acertar alguma
coisa, e pretendo um dia te conhecer melhor.
- Noite da grande paz dos teus olhos
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