Diadorim, Diadorim! Quem é você, Diadorim?
Digo talvez que seja uma pessoa que acredita, de coração, que as injustiças devem ser
gritadas, apontadas, sem dó, sem vergonha e sem pudor.
Digo talvez que tenha uma visão realista, quiçá pessimista, acerca da vida. Parece-me que já
viu e viveu experiências que a maioria nem imagina, o conhecido e o desconhecido lado da
lua.
Digo talvez que acredite na educação como arma para a libertação das amarras, que nos
prendem ao chão e podam nossas asas.
Digo talvez que o seu ímpeto de resolver as mazelas seja tão grande que te faz agir de
maneira impulsiva muitas vezes. Uma característica que não deve ser a sua favorita.
Digo talvez que sempre foi uma pessoa independente, não podendo depender do afeto e
carinho de sua mãe. Uma pessoa que grita os problemas do mundo, mas guarda no fundo do
peito o que te aflige, com medo de incomodar os que estão à sua volta.
Digo que você foi a primeira pessoa a me mostrar que a maturidade e a rebeldia podem andar
lado a lado, que elas não são mutuamente excludentes.
Digo que você me fez querer ler Guimarães Rosa, com a escolha de uma personagem tão
interessante e que quebra tantas barreiras como o/a Diadorim, com sua androginia e coragem.
Diadorim, o que você é?
Digo talvez que seja um ponto fora da curva.
Uma querida que quer ser ouvida, que precisa ser ouvida.
Fale, expresse todo o sentimento que reprime.
Diadorim, só quero te dizer que você não precisa dar conta de tudo sozinha.
-Camélia.
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