A sensação de ajudar alguém está entre as melhores que podemos vivenciar,
talvez esse seja um pensamento egoísta, mas creio que a ajuda seja uma via de mão
dupla, uma troca de sentimentos, na qual ambas as partes são beneficiadas de alguma
maneira.
Não me sinto capaz de definir de onde tal sentimento vem, talvez da realização
de que vivemos em um sistema tão cruel, e que ajudar alguém necessitado, mesmo que
um único indivíduo em milhões que atravessam situações parecidas, nos dá a sensação
de fazer nossa parte contra tal injustiça. Ou talvez a explicação seja mais simples, a
tendência biológica de nos sensibilizarmos pelo próximo, empatia. Portanto, quem ajuda
o outro, também ajuda a si mesmo, nutre a própria alma, afirma a humanidade que
possui dentro de si.
Mas apesar da empatia, não me julgo apto a descrever o sentimento de quem
recebe o auxílio, presumo que não cabe a mim, pois nunca estive em tal posição. Mas
suponho que seja algo entre tristeza e raiva, mais próximo da segunda, pelo simples fato
de que aquela posição lhe foi conferida, não há direito de escolha. Creio, portanto, que
tal sentimento também transparece em mim quando estou diante de situações como a de
Caroline, o sentimento positivo de poder ajudar alguém necessitado sofre um contraste
com a indignação por existirem pessoas em tal situação, enquanto outras vivem no luxo.
Mais do que uma crítica ao capitalismo, é uma reflexão sobre nós como seres humanos
normalizarmos esse tipo de situação.
-Alek Johnson
Adorei sua reflexão! E compartilho do seu sentimento de incompreensão sobre como acabamos normalizando situações parecidas com a de Carolina
ResponderExcluirGostei muito do seu texto, mas acho que poderia haver troca de sinais de pontuação em alguns casos. Gostaria que tivesse um fechamento mais redondo também, porque eu tive a sensação de que o texto parou no meio de um parágrafo, de uma ideia.
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