Por trás de todo perfil anônimo, existe um alguém não tão anônimo assim. Uma pessoa com uma vida, com sentimentos, com cicatrizes. Para, então, tentar entender e (re)conhecer “Meu Primeiro Fake”, reli cada um de seus textos. Aqui, deixo claro que minha intenção não é adivinhar quem está por trás da autoria, mas apenas compreender você através de sua escrita.
“Meu Primeiro Fake” parece muito comigo. O perfeccionismo, a solidão, o amor e o medo foram alguns dos temas escolhidos por você. Sua escrita é bem característica e, pessoalmente, confesso que gosto muito de seus textos.
Peço, agora, licença humana e poética para descrevê-la: vejo uma pessoa sensível, ainda que queira ser fria; vejo um alguém que quer amar e ser amado, mas ainda sente dores nas cicatrizes. Enxergo uma culpa que não é sua, uma vontade de viver que acanhou-se diante de alguns medos. Percebo uma autocobrança. Além disso, você se autointitula “anti-amor”, mas ao mesmo tempo fala muito sobre ele. Sua força, quando narra a perda e a ausência, me inspira. Sua sensibilidade e cuidado me emocionam bastante.
Honestamente, e talvez eu esteja fugindo de parte da proposta dessa semana, optei por não imaginar aparências. Acho que a profundidade de conhecer alguém apenas pela escrita está nos sentimentos colocados ali. É conhecer primeiro por dentro, e depois por fora.
Se eu pudesse te dizer alguma coisa, seria aquilo que você já disse em um de seus textos, em uma alusão que achei brilhante: por baixo de uma armadura pesada, há um coração que anseia por ser amado. Permita-se, quando se sentir pronta.
Com carinho,
Lia Navarrette
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