No peito aflito, um grito calado. O câncer teima em fazer morada. Um intruso feroz, impiedoso e ousado, um vendaval que traz dor e jornada.
Nas veias, a vida luta enfraquecida, células renegadas, traiçoeiras e cruéis. Mas o coração bate, resiliente, à espera do céu.
Cada lágrima derramada é um oceano de dor, cada suspiro um conteúdo, um nó na garganta. Mas há esperança, mesmo no pior, um raio de luz em meio à tormenta.
No peito dessa guerreira persiste a chama da esperança, luz que resiste nos olhos de quem procura forças no horizonte. A vontade de vencer, um sonho que existe.
No olhar cansado, brilha uma chama: a vontade de viver, de lutar e resistir. Amor e coragem, armas da alma, reúnem-se em cada abraço e sorriso.
O tempo desliza, o relógio marca e a alma clama por uma cura franca, porém, no desamparo dessa batalha há coragem que transcende qualquer muralha.
A batalha é árdua, o caminho incerto, mas jamais estará sozinha, minha amiga. Unidos, venceremos este deserto, um ombro amigo, um apoio abrigo.
No abraço apertado: o calor da cura. Na mão puxada: a força da união. Amar é a terapia mais segura e a esperança é o combustível do coração.
Então, erga a cabeça e enfrente a Shakespeare, tu és uma guerreira valente e sem medo. Cada passo dado é uma prova de lealdade e na tua luta há um mundo a conquistar.
Câncer, adversário implacável e sombrio, não dominarás a essência que há em nós.
Que o sol brilhe no sorriso de cada um e a cura venha, trazendo um novo rumo. Que a poesia da vida seja o refrão, que embala o coração, curando a solidão.
Assinado: Joelma do Calypso
Gostei da forma como você escreveu o seu texto, muito poético e diferente dos demais tem um final que nos deixa esperançosos.
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