quinta-feira, 13 de abril de 2017

Berço

Que a vida é cheia de mudanças todo mundo já sabe. Mas difícil mesmo é por em palavras o impacto que vem junto delas. Eu, por exemplo, vim de Maceió. Morar lá não era fácil não. Todo dia um risco diferente, um desafio para cumprir. Há quem diga que só piora. Não sei não, eu tendo a discordar. Acredito que a gente constrói o nosso próprio caminho e eu estou construindo o meu.
Calma, vou contar a minha história. Lá em Maceió eu não tinha oportunidade de fazer o que eu realmente queria. As portas não se abriam para mim, o mundo parecia muito pequeno. Era de fato pequeno demais. Eu, no entanto, sempre sonhei além disso. Desde pequeno eu dizia para a minha mãe: ‘’Mãe, quando eu crescer, vou conhecer o mundo. Vou explorar cada canto.’’ Minha mãe todavia não acreditava muito em mim. Achava besteira sonhar tão alto com algo que parecia inalcançável para alguém como eu. Para alguém como nós. Com um olhar preocupado sempre dizia ‘’Menino, o mundo lá fora é perigoso. Preste bem atenção. Lugar nosso é aqui. Perto de casa. Perto de quem quer a gente bem.’’
Foi em janeiro de 2017 que tudo mudou. Passei para a faculdade que queria e me dispus a ir para bem longe de onde nasci. Longe de meus pais, longe dos amigos. Longe dos abraços apertados e da rotina que já me acostumara. Longe do berço. E fui mesmo. Quando percebi já estava no aeroporto de malas prontas e segurando um adeus que tanto me custou a dar. Embarquei no avião de olhos marejados e cabeça erguida. Olhei para trás uma última vez já sentindo a saudade apertar no peito.
Quando dei por mim, já estava em solo fluminense. Com as malas em mãos, olhei para a cidade. Vida nova. Ipanema. Havaiana e sotaque chiado. Será que me acostumaria? Não seria melhor ficar perto do berço? O aeporto estava cheio. No entanto, nunca me senti tão só. Até que recebi um telefonema. Era minha mãe lá de Maceió. Estava ligando para saber se cheguei bem e dizer que esqueci meu relógio em casa. Disse a ela que não havia problema. Eu voltaria para buscar. Um dia. Não agora, porque agora tenho coisas para fazer. Um mundo para conhecer. E um novo berço para criar. Louie Edmond

6 comentários:

  1. - Esse ai errou...
    - Em que, abestado?
    - Pontuação. Vírgulas. É o nome daquele rabisco? Vírgulas?
    - Mecânico, guarde isso pra você. Nunca leu Stephen King falando? Não importa escrever certo. Já te falei disso em outro post. Olhe o lirismo da figura. Só, Maceió. Berço, cheio. Gosto disso.
    - ...
    - Isso, se envergonhe de suas opiniões. Se for para falar, fale bem falado.

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    1. Agradeço a crítica, procurarei melhorar nas pontuações.

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  2. O texto soube transmitir a emoção contida na saudade, na preocupação e na expectativa de mudar-se para um lugar novo em busca dos sonhos. Sobraram pontos e faltaram vírgulas, mas ainda sim, é uma boa crônica.

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    1. Agradeço o elogio e a crítica aos erros de pontuação. Procurarei melhorar nas próximas.

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  3. olha, gostei bastante! talvez você precise amadurecer mais a escrita e seu estilo, mas é tudo questão de tempo e prática mesmo. texto suave, narrativa certinha e nada cansativo! :)

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