quarta-feira, 12 de abril de 2017

Nunca fui criança, desde novo sempre tive força pra trabalhar. Ajudei meu pai no comércio, entreguei jornais, já fui recepcionista e até trabalhei em um bar.
Nunca sonhei em ter filhos, pelo menos não quando relaciono meus sonhos aos meus desejos. Na minha vida inteira nunca planejei nem em um futuro distante um filho, mas um belo dia acabei tropeçando em uma cesta que alguma família desesperada deixou por aqui com um bebê dentro. Me encantei tanto pela cesta que resolvi chamar o bebe de meu.
 Sem estabilidade financeira, como poderia eu cuidar de uma criança? Eu precisava de um diploma pra não só pendurar na parede, mas pra abrir novas portas. Quando comecei a encarar toda informação e aceitei minha missão, meu celular tocou e me recordei com os cacos no chão, do meio litro de cachaça da noite anterior.
Passei anos sem pensar que um dia eu posso acordar e ter uma criança pra criar. Depois desse pesadelo tomei uma decisão para o meu futuro. A frente de qualquer imprevisto, que prevaleça a minha força de vontade, vou ser jornalista e ganhar dinheiro de verdade.

Ritinha N. Garcia

3 comentários:

  1. - Isso é inaceitável.
    - Que?
    - Essa situação toda.
    - Não pesquei.
    - Preste atenção na situação: Ele trabalha com os braços, o vigor do corpo, desde jovem, um espírito ativo. Sem diploma? Prefere a força. Logo, o que diabos um rapaz desses, ao se deparar com um bebê, vai fazer com jornalismo? Profissão de vagabundo, de biscate como diria um do ramo. Longe de ser a fonte de riquezas que alguém vá escolher. Isso se justifica pra você? Não foge demais ao crível?
    - Sei não, Corvo. Tu não conhece o sujeito.
    - O que quer dizer?
    - Não é porquê trabalha com braço que não quer usar a cabeça...

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  2. O texto ficou um pouco confuso. Talvez seja porque está muito curto e não tenha dado tempo de explicar melhor como o desenvolvimento da história se deu. A impressão que passa é que tentou contar a história rápido demais e alguns detalhes ficaram perdidos no meio do caminho. Isso acabou comprometendo um pouco o texto. Tente escrever um pouco mais da próxima vez ou ser um pouco mais clara.

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  3. Gostei da sonoridade, percebi uma certa melodia por causa das rimas sutis. Mas não achei perene, não achei emocionante.

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