"Pede pra sair!" Já dizia Nascimento.
Sair de sua terra "ta" emento
Assim como naquele livrinho que o "sinhô" atribuiu conhecimento:
“Aos índios morte. Viva o desenvolvimento!”
Não é assim?
Se não é, deveria "tá"
Porque no campo
A milícia ruralista que cala o canto
Do índio e quilombola daquele canto
"Pra" não causar espanto,
No golpista e no congresso de colarinho branco
Que se diz a favor da vida,
Mas faz questão de tirar uma
Por dia.
O jornal, o que faz?
Desfaz.
Abre a lente da câmera mas não traz
A luta de um povo que se contrai
Toda vez que sangue tupi se esvai.
Mas essa, ainda assim, satisfaz.
Quem está no poder
E quem o faz.
Não viu diferença?
Então deixa eu explicar:
Que controle, aqui, se faz com "influên$$$ia"
Que já virou referência
Em genocídio e impunidade
Que assola identidades
Que dizem estarem asseguradas
Por uma "instituição furada"
Em 84 acusada
De em "terras vermelhas"
Ter feito negociata!
O país do latifúndio
Diz ser de todos
Mas expurga o "cidadão da terra"
Fazendo-o voltar o quanto antes
Pra debaixo dela.
Ironia?
Não
No Brasil, matar índio e eleger ruralista ladrão,
É mais comum que pagar propina
Já virou ROTINA.
Nina Campos
As rimas deixam a desejar um pouco nas primeiras estrofes mas vão se aperfeiçoando no decorrer do texto. De qualquer forma, é um texto bom.
ResponderExcluiro final ficou um pouco grosseiro em relaçao ao resto do texto. Mas é um bom texto
ResponderExcluirÉ um bom texto. Mas é uma poesia né?
ResponderExcluir- Enjoativas as da primeira estrofe, sem dúvida.
ResponderExcluir- Mas já falaram isso ai.
- Oh, verdade! Não vamos nos alongar nisso então. Algum comentário, caro Mecânico?
- Lá. No final. Esse "ladrão" podia ficá de fora.
- Muito grande, verdade, verdade. E digo mais, que essa Nina tente utilizar mais de rimas raras e preciosas. Imagino-a capaz de fazê-lo.
- É. Ela é boa.
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirSobre o comentário de Ízis, entendo mas não concordo. Gostei do tom. E acredito ter sido um recurso da autora carregar a poesia de um sentimento de revolta a cada estrofe. Um beijo (lá é um só, certo?).
ResponderExcluirAcredito que a escolha de um - ou mais - esquema(s) rímico(s) resolveria a situação apresentada pelos colegas. Emparelhadas, interpoladas ou opostas, não importa. A definição de um padrão seria de grande valia, INCLUSIVE se você viesse a quebrá-lo posteriormente (aliás, achei que seria a intenção). Dessa forma, conduziria o pensamento do leitor por um caminho para depois surpreendê-lo ou impactá-lo de maneira diferente.
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