quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ritinha carioquíssima!


Ritinha nunca foi uma garota tranquila. Sempre pensou alto. Sempre quis ser alguém que fosse feliz e nada mais. Fama? Esse foi de longe o motivo pela sua escolha profissional. Escolheu jornalismo pura e simplesmente porque queria fazer do mundo um pouco mais crítico e informado. Pode parecer algo meio utópico, mas quem disse que essa menina não é capaz de fazer o que pensa?! Ela teve uns momentos de indecisão, e quem nunca teve? Relações Internacionais? Letras? Estudos de Mídias? Jornalismo? Por conta do destino ou sabe-se lá porque ela resolveu cursar Letras, mas com o desejo sempre de não parar por ali. E, lá para o final da primeira graduação, ela conseguiu ingressar no segundo curso: jornalismo.
       Não lhe faltaram foram perguntas do tipo: mas por que não uma especialização? Mais 4 anos, tá louca? Você tem certeza disso? Um curso que não precisa de diploma, por que isso agora? Blá blá blá Whiskas Sache. E ela, que nunca foi uma garota tranquila, não se importou para a opinião alheia.
      Hoje em dia, faz de tudo para conciliar trabalho, estudos e vida social. Acreditem se quiser, até namorado a Ritinha tem. Essa menina de tranquila não tem nada, sabe muito bem o que quer. O Jorge, seu namorado, conheceu na faculdade. Nessa loucura entre cursos acabou por conhecer alguém que pensasse da mesma forma que ela. Uma cervejinha na Cantareira e tudo começou. Mas como nada na vida e na literatura é água com açúcar, algo, ou alguém, surgiu para acabar com a alegria da Ritinha. A Piedade, sua grande amiga, certo dia, abriu-lhe o coração:
- Ritinha, eu sou apaixonada pelo Jorge!
- Como assim?! Não pode ser! Ai senhor Jesus Cristo!
A vida que andava bem e tranquila, algo que Ritinha nunca foi, se desfez.  Mas, graças ao bom DeusRitinha com todo seu poder de convencimento, conseguiu mostrar para Piedade que aquele sentimento não era real, era apenas solidão. E, mais proposital impossível, apresentou à Piedade o Jerônimo, menino super gente boa. E assim, apareceram mais dois para a cervejinha na Cantareira.
Outra vez, o que parecia ser algo utópico e louco, a Ritinha conseguiu realizar. Só não termino minha narrativa afirmando que todos foram felizes para sempre porque a Ritinha não é dessas meninas que acreditam em contos de fadas. Ela é mais do agir do que do sonhar. Como dizem os baianos, ela é arretada!

Clarice Machado

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