Segunda-feira acordei e queria cursar medicina, na terça-feira engenharia. Quarta-feira acordei querendo biologia, mas, pensando bem, por que não astronomia? Quinta-feira me encontrei em psicologia e sexta-feira foi a vez da geografia. No primeiro ano do ensino médio eu gostava de exatas, no segundo de humanas, no terceiro eu já gostava de tudo. Acordava inspirada para estudar história e no dia seguinte para estudar matemática.
Difícil escolher algo para a vida, difícil escolher o futuro da sua vida. Trabalhei minha escolha para trabalhar com ela. Estudei muito para chegar aqui. Estudei para o vestibular e estudei a minha decisão. Não foi fácil me projetar trabalhando com algo que eu precisava escolher de imediato com tanto conhecimento à disposição no mundo, com tantas possibilidades.
Então, sabe por que jornalismo? No meio tantos “ias” e “ismos” encontrei um lugar para explorar tudo. Um julgamento de impeachment e eu estava no meio do Direito, da História, da Ciência Política. Com a descoberta da cura de uma doença rara e eu estava na Biologia, Medicina, Química. Um novo planeta ou um novo sistema solar apontado pela NASA e eu lidaria com Física e Astronomia.
Vi no jornalismo a possibilidade de não ser nada em específico, mas de ter o mundo de conhecimento às minhas mãos. Como jornalista, eu estaria sempre aprendendo e poderia estudar de tudo um pouco, porque tudo um dia pode me servir na profissão. Assim, quando nas terças-feiras eu acordar querendo estudar química ou literatura, vou ter a certeza de que posso me aventurar nas diversas áreas que tanto quis cursar, mesmo que por um dia ou dois.
Sunny
- E então Mecânico, que achou?
ResponderExcluir- Bom.
- Vamos homem, elabore!
- Faltou coisa ali.
- Onde?
- "No meio... tantos". Tem coisa ali que não tá ali.
- Por exemplo?
- Não sei o nome.
- o "de"?
- Isso!
- Só isso? Um erro de gramática?!
- Bem...
- Elabore criatura!
- Vida. Ela fala duas vezes, próxima uma da outra. Achei... Simples.
- Simplório?
- Você é mau, Corvo.
- Não, sou carniceiro. E não achou que essa brincadeira de "trabalhei minha escolha", "trabalhar com ela" ficou meio vago?
- Eu tava tentando entende.
- Se não entendeu, falha do autor, não sua.
- Talvez...
O Corvo e o Mecânico
De fato faltou um "de" e, embora eu tenha lido algumas vezes, na pressa ainda não pude notar. Grande falha minha, inclusive. O "vida", no entanto, foi proposital, mas talvez não tenha caído tão bem como imaginei. A questão do uso do trabalhar minha escolha e afins, era a fim de fazer o leitor pensar um pouco sobre o que eu quis dizer com a expressão. Se eu a explicasse, ficaria muito chato. Simplório é opinião sua, portanto, vou respeitar.
ExcluirSunny