É duro admitir, mas essa mulher me impressionou
De Sampa até o Rio veio, deixou mãe, pai, casa, cachorro, papagaio e não se intimidou
Não importa se a faculdade é em outro estado, o que importa é a ideologia
Ideologia de batalhar, pensar e questionar
E como ela gosta de questionar!
Questiona até o que não devia...
Com uma intensa paixão
Questionar parece ser sua alegria
Governo, educação, política e religião
Tudo tem que ser revisto
Tudo tem que ser desconstruído
E nós, estudantes, temos que fazer algum ruído
O seu "erre" de São Paulo faz lembrar
Mas fiquemos tranquilos, com o tempo ela vai se acostumar
Vai falar "bolado", "namoral" e "sem caô"
Vai aprender que "s" se fala como "x"
E entender, finalmente, que o certo não é bolacha
É "bixxcoito"
Sacô?
Com tudo que ela fala, posso até não concordar
Mas mesmo assim
Não deixo de me impressionar
Que ideologia!
Que argumento!
Que "erre" chato!
Que mulher!
Omar Larossa
B O A. Amei as rimas.
ResponderExcluirBem escrito. No entanto, me pergunto se o texto é crônica ou se é poema. Nunca vi crônica escrita em versos. É uma dúvida e não uma crítica, gostaria que o autor esclarecesse para mim se o texto de fato se encaixa no gênero de crônica.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirCaro Sr. Edmond,
ExcluirApesar de parecer
Ter o texto rimado não era meu querer
Fui organizando as palavras naturalmente
E as rimas vieram quase que automaticamente
Crônica poética deve existir
Embora possa, o professor, essa desculpa não engolir.
Abs, Sr.Omar
Bela inspiração, Sr. Omar.
ResponderExcluirE se o senhor for quem penso que é, o pedaço sobre os sotaques é uma verdadeira pérola que passou despercebida pelos olhos da turma.
Sobre o conteúdo das palavras, concordo em tudo. Creio que tivemos a mesma sensação. Um braço.