sexta-feira, 14 de abril de 2017

Sábado e Jornalismo

Hoje vamos falar de Agatha. Agatha que, curiosamente, tem aversão ao rotineiro. As coisas brutas da rotina que vivemos. Ela vê poesia nas coisas simples como a amendoeira que sempre está lá no caminho pra faculdade. Nisso ela vê boniteza. Mas na rotina bruta, na correria casa-faculdade faculdade-casa, dormir as 23 horas e acordar as 07, isso a entedia, faz ela pensar que está dentro de uma caixinha. Mas em algum momento da vida de Agatha ela entendeu que por um tempo a rotina estará presente na vida dela. Então ela encontrou uma maneira de viver como se tudo fosse a primeira vez. Porém a única coisa que a menina, que é historiadora pela UFF quase mestre e ainda de quebra estuda jornalismo por lá, não falta por nada toda semana é o encontro com a vó Djanira. Todo sábado ela diz "vó, vamos na confeitaria hoje?" E a resposta é sempre SIM mas o convite parece mais um ritual entre as duas. Vez em quando, o destino muda, já foram até a cidadezinha natal da vó de carro, as duas sempre batendo papo. Nesses passeios sabatinos já foram ao cinema, a museus, a praia e ao centro. Elas amam o Centro do Rio de Janeiro e a vó gosta de bancar a Guia Turística, mostrando a neta sua visão antiga da cidade aí depois as duas param pra ver as notícias na banca de jornal, que fica na esquina da Rua Primeiro de Março com a Praça XV, de onde saem as barcas pra Niterói.
Hoje elas vão na confeitaria, a preferida delas, tradicional no Rio de Janeiro. A vó sempre pergunta sobre as coisas da vida, os almejos e desejos de Agatha, e hoje ela responde com um "está cansativo vó, faculdade e mestrado, e ainda tem o trabalho, a casa, mas a senhora sabe que um dia eu chego lá" se referindo a sua carreira de jornalista e mestre em história. A vó de Agatha é a que mais a incentiva, a "eterna menina" de dona Djanira hoje mora sozinha e é historiadora porque quando pequena ela dizia "sempre vá atrás de quem você quer ser". Agatha conta do amigo da faculdade, o Fernando, que fazia Direito na UFRJ e optou pelo Jornalismo e pelo outro lado da poça também. Agatha e Fernando se aproximaram por causa de seus rumos que se cruzaram, ela de São Francisco e ele de Pendotiba em Niterói, sempre saem juntos da UFF a noite. A conversa sabatina se segue até escurecer e Agatha lembrar que precisa escrever um texto pra faculdade e ler mais cinco que estão atrasados. Todo sábado o sonho de ser Jornalista de Agatha aumenta de tamanho, se renova. As duas se despedem e Agatha vai mergulhar de cabeça, durante mais uma semana, em seu sonho compartilhado com Djanira.

Cameron Wolf

Um comentário:

  1. Confesso que achei um pouco confuso. Não entendi bem o intuito, sentimento ou mensagem passada. Algumas pessoas são citadas, muito se fala da avó e de rotinas, mas ainda soa muito confuso na minha cabeça o objetivo principal. Também encontrei alguns erros de pontuação no texto, algo que também dificulta a compreensão dele em determinadas frases.

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