Posso ser considerado uma pessoa privilegiada no tocante ao assunto felicidade. Me recordo de poucos casos onde a tristeza tenha me consumido por inteiro, algumas desilusões amorosas vêm à cabeça, momentos ruins ligados ao meu time de futebol, mas nada tão significante ao ponto de me fazer expressar nessa crônica.
Agora me pego pensando, até que ponto isso é bom? Ou será que nem existe o lado bom? Com uma fase triste nós ficamos mais fortes, aprendemos a superar conflitos futuros, todos precisam passar por tristuras para amadurecer.
Estou triste. Triste por não lembrar de tristezas. Me vem à mente uma estrofe de uma canção do Fábio Brazza que antes eu nunca havia entendido, mas que agora faz sentido pra mim: “Minha maior tristeza seria, se a tristeza me abandonasse um dia e me deixasse órfão da poesia. Antes a sua companhia do que andar de alma vazia, é que o poeta só caneta se tiver melancolia”.
Todos queremos ser felizes, mas a tristeza faz parte, a fase ruim é sempre um intervalo entre duas fases boas. Aprender a lidar com isso é aprender a viver.
Arthur Antunes
Não te conheço, mas lendo sua crônica tive a impressão de que você é uma pessoa muito madura emocionalmente, acho admirável!
ResponderExcluirArthur, estou com muita inveja de você. Gostaria de ser privilegiada e não pensar em momentos tristes tão facilmente. Parabéns pelo seu texto. Foi muito bem desenvolvido.
ResponderExcluirLegal seu texto, Arthur. Parece que você está pronto para os imprevistos da vida, e mesmo que não esteja, vai saber lidar com o que possa acontecer.
ResponderExcluirEscrevi sobre algo parecido, Arthur. Sei como você se sente mas a chuva tem que chegar para o arco-íris aparecer.
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