Era outono e o sol se punha
Eu, você e uma sintonia que há muito não tínhamos
Te entrelaço os dedos
Te sinto por inteiro
Abre-se o caminho da nossa rua preferida
Te compro uma rosa do Seu João
O de sempre
Mas dessa vez, ela brilhava com seu rosto
Que de tão lindo, era o teu sorriso
Entramos em casa
Escolhemos um filme
Faz um brigadeiro que te empresto minha blusa
Te abraço pelas costas, te beijo o pescoço
Te amo além nessa noite
No sofá, encostamos nossa pele
O calor do teu corpo se mistura com o meu
Te descubro aos poucos:
As mãos, a boca, a alma
Me descubro
O ápice do carinho de dois amantes
Deixei minhas tarefas pra depois
Seu trabalho pra amanhã
A noite era nossa e não tínhamos pressa
Seguia o caminho do teu cheiro
Beijava-te como se fosse a última vez
E nas horas que nos amamos
Que nos fundimos em um só ser,
Sensações de prazer
Era a Lua que observávamos
E nos observava
Intimidades de sobra
Meu céu era teu céu
E aquele dia nunca mais saiu de mim.
Lia Mendes
Lia, parabéns pelo seu texto! A subjetividade do poema, a sensibilidade exacerbada, a linguagem figurada e as metáforas aplicadas permitem observar os aspectos psicológicos do eu-lírico, que tornaram o momento marcante de uma forma especial e singular. Além disso, por fugir da praticidade e da objetividade, percebo uma visão ampla da realidade, a universalidade, o rompimento com as correntes do lead e o aprimoramento do recurso da observação jornalística. Ótimo trabalho!
ResponderExcluirLindo texto! Incrível como conseguiu exprimir serenidade a partir de uma temática, que para muitos, é difícil manifestar essa tranquilidade que você foi capaz de transmitir. O trabalho é perene, apresenta uma observação jornalística, definitivamente, rompe com o lead e supera o cotidiano. Ao meu ver, você conseguiu estabelecer uma intimidade psicológica com o leitor a partir de ações como comprar uma rosa ou fazer um brigadeiro. Sem dúvidas, aspectos que auxiliam na identificação recíproca entre autor-leitor. Parabéns =)
ResponderExcluirLindo texto! Incrível como conseguiu exprimir serenidade a partir de uma temática, que para muitos, é difícil manifestar essa tranquilidade que você foi capaz de transmitir. O trabalho é perene, apresenta uma observação jornalística, definitivamente, rompe com o lead e supera o cotidiano. Ao meu ver, você conseguiu estabelecer uma intimidade psicológica com o leitor a partir de ações como comprar uma rosa ou fazer um brigadeiro. Sem dúvidas, aspectos que auxiliam na identificação recíproca entre autor-leitor. Parabéns =)
ResponderExcluirVALENTINA
Lindo texto! Você utiliza uma linguagem, de certa forma, "suave" e muito profunda. É possível entender a intensa relação entre esses dois personagens. Possui uma visão ampla da realidade, ultrapassa os acontecimentos cotidianos, rompe com as correntes do LEAD e é perene e profundo!
ResponderExcluirQue texto lindo! Como já disse outras vezes, eu gosto muito de poemas e o seu é incrível. Você abordou o tema de uma forma muito leve mas que não deixou de ter aspectos profundos e essa combinação foi muito boa. O texto tem todo um jogo psicológico e sentimental muito bom, rompeu os limites do lead e foi perene. Parabéns!
ResponderExcluirEu gostei desse estilo, muito lindo, parabéns. Na minha opinião seu texto rompeu com o lead, se preocupou com os recursos jornalísticos, ultrapassou os limites do cotidiano e foi perene. Também concordo com os detalhes psicológicos que os companheiros disseram nos comentarios anteriores.
ResponderExcluirVascopaulo14