segunda-feira, 27 de junho de 2016

Soneto da fidelidade à democracia

 

De tudo em meu país serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior espanto
Dele se espante mais com o reconhecimento.

Quero honrá-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de gritar meu voto
E derramar meu pranto quando noto
O golpe e seu afastamento

E assim, quando mais tarde renuncie
Quem sabe o impeachment, angústia de quem vota
Quem sabe a democracia, que vive um drama

Eu possa me dizer da tristeza que brota
Que não seja abafado em nenhum programa
Mas que seja devidamente nomeado enquanto vivencie.


Valentina

4 comentários:

  1. Primeiramente parabéns por fazer um soneto.É difícil e mesmo assim você fez isso lindamente.Eu notei: quebra TOTAL do lead, cidadania e visão ampla da sociedade

    ResponderExcluir
  2. Muito criativa a sua ideia de fazer uma paródia do soneto de fidelidade de Vinícius de Moraes! Acho que o fato de você ter feito um poema não limitou a crítica presente no seu texto ^^ Ele rompe com o lead, exerce cidadania e tem ampla visão da realidade porque o que você escreveu pode na verdade se aplicado a diferentes ocasiões da política do nosso país.

    ResponderExcluir
  3. Concordo com Cora, a paródia foi muito criativa. Também acho que o aspecto crítico marca forte presença no soneto. Tem uma visão ampla da realidade, rompeu com o lead e exerce cidadania.

    ResponderExcluir
  4. Nossa, fazer um poema com esse tema já é difícil. Ainda fazer uma paródia... Corajosa você! E parabéns, pois o resultado foi muito bom! Gostei que, mesmo com as mudanças, o poema não perdeu seu ritmo original e a sonoridade, o que acho extremamente importante. Quanto à estrela, vejo todas as pontas já ditas anteriormente. Parabéns!

    ResponderExcluir