segunda-feira, 13 de junho de 2016

Toda sua



Essa hora que não passa...
Quero chegar logo em casa
Te dar aquele abraço
Mil beijos espalhados
Vai se preparando, meu amor
Já estou com a sua lingerie preferida
Aquela mesmo
que você me deu no dia dos namorados

Gosto dessa tua ousadia
Me chamando pra cama
querendo me ver louca
e realizar nossas fantasias
Quero mergulhar nesse prazer
Ir até o mais profundo
Me faz delirar, amor
me leva pra outro mundo

Eu tô louca por você
Quero festa a noite toda
bem daquele jeito,
com tua pegada bruta
Pode me dominar, segurar, puxar
O tesão é tanto
que a pele chega queimar

Quero estar na sua mão
Totalmente submissa
Insana, desvairada, nua
Me espera, meu amor
que hoje eu sou toda sua.


(Frida Kahlo)

Um comentário:

  1. Belo poema, Frida. A musicalidade, o ritmo, as rimas esparsas, a exposição desencabulada da entrega de um ao outro, tudo conta. O trabalho é relativamente simples, mas é exatamente a simplicidade que faz com que o leitor se identifique facilmente com a mensagem do poema, que aborda o tema com êxito e dispões da perenidade e da quebra com o lead.

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