Em um dia desses, eu estava conversando com o meu primo Francisco Everardo. Ele não é daqui. Mora num país meio longe. Nem me lembro o nome. Ele tava me contando que lá na terra dele existe uma grande rivalidade no ramo de fabricação de chocolate. Dois fabricantes polarizam essa disputa: de um lado Jair Bolsonarcor e de outro Wyllys Wonka.
Wyllys possui a seguinte metodologia quando o assunto é fabricação de chocolate: prefere uma forma mais nova de se fabricar chocolate. Gosta de chocolates coloridos e defende que estes têm que ser aceitos pela sociedade. Usava como mão de obra os umpa-lumpas, que tinham um grande sonho na vida: serem aceitos pela sociedade. Possuíam como característica notável a intransigência com quem não concordava com seus pensamentos.
Já Bolsonarcor defende firmemente a manutenção dos chocolates tradicionais. Para ele, a população não tem que achar totalmente normal gostar dos chocolates fabricados por seu “inimigo” nem incentivar as crianças a provarem o doce. Seus trabalhadores eram os minions, caracterizados pelo ideal de que deve ser respeitado o que eles acreditavam ser a “ordem natural do consumo de chocolate”. Também eram consideravelmente intolerantes com os defensores de visão oposta.
Francisco me dizia que no país dele parecia que as pessoas não raciocinavam direito quando o assunto era esse. Se você não apoiasse um dos lados, você era considerado alienado.
Meu primo resolveu entrar nesse meio. Pareceu-me totalmente sem sentido. Ele era palhaço de circo e não tinha uma formação intelectual das melhores. Até tinha boas intenções, mas todos sabem que é muito difícil acabar com a grande corrupção e essa “máfia” existente nesse ramo de chocolate
Todo esse panorama me parece muito fantasioso. Algo muito distante da realidade aqui do Brasil. Não só com relação à questão do chocolate, já que o pessoal por aqui nem liga muito pra isso. Digo no sentido dessas rivalidades e ódio com quem não compartilha das mesmas opiniões. Aqui a galera respeita o que os outros pensam além de praticamente não existir os defensores dos pensamentos extremistas. Ainda bem né...
Júnior West
Esse foi um dos textos mais criativos, senão o mais criativo dos escritos aqui sobre essa temática. A irreverência, a ironia, o humor, as referências, tudo conta. Gosto muito de textos que quebram o padrão do politicamente correto e que abordam temáticas sérias como a política de maneira despretensiosa. Sensacional!
ResponderExcluirQuanto à estrela, o texto se destaca principalmente pelo rompimento com o lead e pela perenidade, também abrangendo outros aspectos como a observação jornalística.
Olá amigo Júnior! Como sempre seus textos me deixam boquiaberta com tamanha criatividade, parabéns! Acredito que houve rompimento do lead, é um texto perene e rompe os limites do cotidiano. Simplesmente sensacional!
ResponderExcluirBeijos perfumados de sua querida Maria Antonieta.
Oi Júnior, gostei ler seu texto. Você foi criativo e gostei do seu estilo. Tem uma visão ampla e crítica da sociedade e em relação as sete pontas, o seu texto prendeu minha atenção até o final para descobrir o desfecho e, com isso, você rompeu com o lead.
ResponderExcluirVascoPaulo14
Sempre muito criativo! Como Simone disse, a ironia chama a atenção. Muito bem feito! Acho que você teve uma visão ampla da realidade, reforçou os recursos jornalísticos e abordou a cidadania!
ResponderExcluirOBS: Acho bem arriscado colocar o Jean Wyllys como mesmo "peso" do Bolsonaro. Apesar de TODOS os problemas gravíssimos desse primeiro, acho bem complicado falar que existe um discurso de ódio e uma intolerância. Enfim...
Parabéns, muito criativo! Teve um viés humorístico que, no entanto, não desviou do caráter político e sério. Sobre a estrela: Apresentou uma visão ampla da realidade, superou o cotidiano, exerceu o dever cívico e pude observar técnicas jornalísticas =)
ResponderExcluirComo já falaram, esse texto foi bem criativo! Tem um caráter cômico por meio das ironias e críticas políticas, já conseguindo aí a ponta do exercício da cidadania. Apresenta uma ampla visão da realidade, ultrapassou os limites do cotidiano e potencializou os recursos jornalísticos. Parabéns!
ResponderExcluirSensacional. Usou uma linguagem bem sarcástica e irônica. Retrata muito bem a sociedade que vivemos hoje. Bipolaridade, rivalidade, ódio de quem não tem a mesma opinião que a nossa e o terrível extremismo. Seu texto, claramente, apresenta visão ampla da realidade pela contextualização, exerce cidadania, não ignora técnicas jornalísticas, entretanto, acredito que não seja perene, pois daqui um tempo, pode ser que Jean Wyllys e Jair Bolsonaro não sejam lembrados como hoje. Finalmente, parabéns.
ResponderExcluirA crítica deixada ao momento político presente na sociedade, por meio de uma linguagem irônica e humorística foi muito bem colocada. Seu texto exerce espírito cívico, possui uma visão ampla da realidade, rompe com lead, com os limites do acontecimento e utiliza técnicas de apuração jornalística. Muito criativo!
ResponderExcluirA criatividade é tanta que não tem como não ler com um sorriso no rosto. Concordo com a Helena sobre a problemática de Jean e Bolsonaro terem o mesmo peso. Porém, a ironia, a forma do texto e as referências me conquistaram totalmente mesmo que eu discorde de algumas premissas, e essa é a melhor parte.
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