domingo, 5 de junho de 2016


“Enquanto a esquerda
sonha com o futuro,
a direita vive
presa ao passado.


A esquerda
quer igualdade geral,
a direita aceita
que a desigualdade é natural.


A esquerda precisa
da coletividade,
a direita
quer individualidade.


A esquerda
encara o problema,
a direita quer
qualquer solução.


A esquerda 
quer progresso,
a direita 
reação.


É difícil viver 
em tanta contradição 
dentro
de uma só organização.


É difícil 
tomar uma posição geral 
após uma paralisia parcial 
gerada por um derrame cerebral.”

Spencer Reid

9 comentários:

  1. Embora o poema apresente uma dicotomia muito estática, que acaba por generalizar e estereotipar os lados opostos da ''guerra'', o texto apresenta uma crítica pertinente, posto que é exatamente essa rivalidade extremista a realidade do país atualmente. Além disso, a visão ampla da sociedade, a perenidade do texto (e do assunto abordado) e o exercício crítico da cidadania configuram ao texto um status positivo em relação à estrela de sete pontas.

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  2. Muito bom! Realmente, escrever um poema sobre o tema dessa semana deve ter sido um desafio e tanto... e você conseguiu construir uma poesia muito coesa, agradável e direta. Adorei! Rompeu o lead, exerceu o espírito cívico e não ignorou técnicas jornalísticas como, por exemplo, a apuração. Parabéns!

    VALENTINA

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  3. Simone falou uma coisa que é verdade: sua descrição de ambos os lados terminou sendo estereotipada, mas isso é compreensível considerando o limite de linhas e o fato de que é muito difícil colocar num poema tuudo o que se quer ser dito. Eu amei a metáfora da última estrofe, ela foi bem chocante e causou um grande impacto em mim.
    Seu poema rompe com o lead (óbvio), mas a questão da generalização fez com que ele não tivesse a ponta sobre as técnicas jornalísticas de apuração, observação etc. O seu texto tem perenidade justamente pela última estrofe (na minha opinião), e acho que a metáfora original também evita o senso comum.

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  4. Olá amiga(o) Spencer! Concordo com nossas colegas Simone e Cora, visto que em mim o seu poema causou a mesma impressão já relatada acima. Porém sua escrita me agradou muito, pois foi direta. Parabéns!!! Agora sobre as sete pontas, acredito que seu texto rompe claramente as correntes do lead, exerceu cidadania e contem perenidade. Estou apaixonada pela ultima estrofe, gostei muito do poema (parabéns de novo).
    Beijos perfumados de sua querida Maria Antonieta!

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  5. Fazer uma poesia é sempre muito difícil e realmente merece nossos aplausos. Minha unica "critica" é realmente o que já foi colocado da questão dos esteriótipos de ambos os lados. No que se refere às estrelas, eu vejo perenidade e cidadania.

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  6. Concordo com a Cora com a metáfora da última estrofe, gostei e foi impactante. Em geral, poesia nunca é fácil e ainda menos com este tema. Parabéns pelo texto. Eu gostei desse estilo e no que se refere às estrelas, rompe as correntes do lead.

    VascoPaulo14

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  7. As oposições apresentadas revelam o quão distantes os dois lados estão, o que resulta nas relações conflituosas que vemos hoje. Como foi dito no poema, também percebo que "É difícil viver com tanta contradição dentro de uma só organização". Quanto à estrela de sete pontas observo a perenidade, uma visão ampla da realidade e o rompimento com o lead. Parabéns pelo texto!

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  8. De fato, como já mencionado algumas vezes, o texto contém esteriótipos. Entretanto, acho que sua intenção era destacar a oposição dos dois lados, tão presente nos dias atuais: e conseguiu! Adorei a última estrofe. Seu texto é perene (já que a briga entre direita e esquerda é algo comum há muito tempo), profundo e rompe o lead. Mas concordo com o que já foi dito, que realmente é mais difícil, no caso de um poema, potencializar os recursos jornalísticos.

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  9. Ola Spencer! Adorei o seu poema! Concordo com o que foi dito acima sobre os esteriótipos implantados, mas vivemos em um momento que os extremos são cada vez mais explorados de uma forma bem radical. Quanto à estrela de sete pontas acredito que o seu poema rompeu, completamente, as correntes do lead e garantiu perenidade e uma visão ampla da realidade.

    Mônica do Legião

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