segunda-feira, 13 de junho de 2016

Sonhei

"Assistia a qualquer canal de televisão quando lembrei que devia ter te mandado uma mensagem, no entanto, quando olhei no relógio vi que no fuso horário em que você estava já se passava das 2 da manhã, então deixei pra lá. Guardei as saudades que sinto e continuei a ver tv, mas o que era mesmo? Já nem me lembro mais. 
Acabei pegando no sono no sofá e fui acordada com o barulho da campainha que aos berros me serviu como despertador, me olhei no espelho e minha situação estava engraçada de se ver, descabelada, toda suada e feliz. Repassei a noite em pensamento e não consegui entender meu estado. A campainha berrou novamente, fui me dirigindo até a porta e flashes do meu sonho foram voltando, clareando. Você estava comigo, seu perfume era intenso, seu toque, nossos beijos. AI MEU DEUS, EU TINHA TIDO UM SONHO DAQUELES COM VOCÊ! Quando abri a porta, era Sabrina, que quando me viu caiu na gargalhada, não pude evitar e minhas bochechas ficaram vermelhas a ponto de eu sentir a quentura, mas eu ri também. Ela havia trazido para mim um café da manhã já que sabia que você não se encontrava e veio me fazer companhia. Porém, não pode demorar muito já que trabalhava hoje. Então fiquei na sala, largada com meus pensamentos e com as lembranças de uma noite que foi mais agitada do que deveria ter sido. Impressionante como até com a distancia estamos sempre juntos, como mesmo um oceano não faz diferença. Agora que eu lembrava com perfeição tudo que ocorreu no sonho não me parecia mais que não fora real, seu toque era real, seu cheiro, inesquecível. Achei que podia ter sido uma lembrança de uma noite passada que tivemos e fiquei um bom tempo relembrando nossos momentos, nenhum tinha sido igual aquele. Nossa conexão parecia mais forte, mais viva, uma experiência que não tinha acontecido antes, não daquele jeito pelo menos. Desisti de tanto pensar e resolvi te mandar uma mensagem contando o que tinha acontecido e você me surpreendeu com sua resposta, ao dizer que também sonhara comigo. Comecei a te contar tudo o que tinha rolado e você me complementava falando o que aconteceu em seguida. Inacreditavelmente, acho que podemos dizer que tivemos o mesmo sonho, ou melhor aquilo de sonho não tinha tido nada, estava mais para um encontro durante nossas horas de sono. Caramba, tinha mesmo sido real! Não sei explicar e nem dizer como que funcionou, só sei que agora tenho certeza que não importa onde estejamos estaremos sempre juntos, e que isso não se trata apenas de uma expressão ou frase bonitinha de casal, quando digo isso quero dizer que podemos ter um ao outro para sempre." Resolvi colocar em palavras e te mandar por email para podermos manter vivo em nós a prova de nossa ligação. Com carinho,

Melissa C. 

2 comentários:

  1. Achei sua escrita bem semelhante com os romances de YA e fanfics :) e isso não é algo negativo mesmo! Só acho que poderia estar melhor organizado em parágrafos e, consequentemente, não entendi muito bem o final. Ela está mandando um e-mail? Por isso essa organização? Mas nada disso quer dizer que não gostei, pois adorei sua linguagem simples e leve. Também gostei como fala de sexo, sem de fato entrar em detalhes. Até o próprio ato não acontece de fato, é só no mundo dos sonhos. A partir daí temos uma grande abordagem psicológica. Acho que seu texto ampliou as visões da realidade, ultrapassou os limites do cotidiano, rompeu com o lead e evitou definidores primários.

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  2. Vou concordar com a Helena quanto aos parágrafos, embora possa ser só um problema com a formatação. De qualquer forma, devo também ressaltar, negativamente, o fato de que a pontuação é, por vezes, um pouco confusa e imprecisa, o que acaba por afetar a fluidez do texto.
    Positivamente, no entanto, pude perceber uma linguagem muito mais coloquial, uma linguagem "simples e leve", nas palavras de Helena. É sempre bem vinda, posto que a maioria dos textos leva uma carga linguística e psicológica forte neles, o que não é o caso de sua obra.
    Ademais, abordou-se o tema com sucesso, fez-se perene seu texto e acedeu ao imaginário coletivo ao utilizar-se do email e da descrição de um sonho romântico.
    Ah, sim, e achei extremamente criativo o final to texto, interligando-o a seu nome.

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