Não encare esse texto como uma narrativa. É apenas uma crônica sobre amor. Mas, como uma doença crônica, também, saiba que não te dou esperança. É como uma dor, ou talvez então, é de fato uma dor, sem comparações. Na real, sofrer foi apenas grande parte do processo de te amar. Amar foi parte intrínseca do começo de te perder. Confuso, sim, mas talvez uma linha temporal nos situe.
Daquele match, não tive nenhuma ideia. Das tuas piadas, senti algo ascendendo. Teus princípios nos encaixaram. Quem disse que política não se mistura com amor não participou de nossas discussões sobre comunismo.
Como você começou a aparecer nos meus sonhos? Freud explica. Eu não. Um verdadeiro númeno. Eróticos, românticos, trágicos, infinitos. E quando ao acordar eu via você me ver, só Deus e Freud conseguem mensurar o quanto me apaixonei.
A decisão de te amar mais e mais foi feita. Assim como sua ida pra outro estado. Desculpe o palavreado, mas FODA-SE o planalto! Desolado. Interrompido. Assassinado. Mas, acendido. Como uma vela de sete dias, que durou meses, aromatizado com o perfume da saudade, em meus sonhos, você era a estrela de Bollywood. E Hollywood.
Em formato de leão, ou me salvando de tubarões no deserto, você estava lá. Assim como no final da rua, num fim de tarde, até perceber que era só o Gustavo, só mais um caucasiano.
Aos 17 pude viver a primeira desilusão amorosa. Os sonhos mudaram desde sua ida. Agora, quando aparece,me sinto como naqueles pontos turísticos do Rio de Janeiro que fomos juntos após nossa separação. Desvalorizado, cheio de história, porém, necessário.
Alaska Pett
Alaska, se eu lhe contar que o meu ex também se chama Gustavo e também foi para outro estado você acredita? A diferença é que, graças a Deus, não sonhei com ele nenhuma vez (seria o verdadeiro pesadelo, zzz). Mas, voltando para a sua crônica... estou encantada! Eu não sei por quê, mas esse texto me lembrou algo com que a Rupi Kaur escreveria (será que estou viajando demais?). Gostei tanto que, se eu pudesse, iria panfletá-lo pelas paredes da uff. A escrita está ótima e envolvente, não tem o que tirar ou acrescentar, na minha opinião. (:
ResponderExcluirSempre vou aplaudir uma boa história de amor, porque se encaixa em qualquer contexto e é uma linguagem universal. Minha mãe sempre diz "Vão-se os anéis e ficam os dedos", e eu te digo, vão-se os amores, ficam os textos.
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