quinta-feira, 26 de setembro de 2019


Lenda Viva

Lenda. Segundo o dicionário lenda é uma narrativa transmitida oralmente pelas pessoas, visando explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário popular. Quem nunca ouviu e teve medo das lendas urbanas que passavam no programa do Gugu? Esse é o tipo de coisa que marca a infância de qualquer um, não gosto nem de lembrar. Mas relaxa, porque eu quero te contar sobre um outro tipo de lenda. Uma lenda viva. Que marcou sim a vida de muita gente, mas de uma maneira muito melhor do que a Loira do Banheiro, te garanto.

O ano era 1971. Início de uma carreira brilhante. Um cara pequeno, franzino, filho de português, carioca da gema vindo do subúrbio do Rio de Janeiro entrava para uma nação para fazer história. E que história hein?! O maior artilheiro do Maracanã, 826 gols na carreira. 13 títulos pelo menor no Rio. Um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da Fifa. Um dos melhores, se não for o melhor, batedor de faltas brasileiro. Tá bom ou quer mais @?

Em meio a tantas vitórias, quero destacar uma. Em dezembro de 81, o coração da nação batia mais forte. O time ia para Tóquio enfrentar o Liverpool na Copa Intercontinental. Os ingleses, que eram favoritos, não foram suficientes para parar o outro lado. Era um time brasileiro que podia muito bem vestir uma camisa verde e amarela. Mas usava o rubro-negro. No entanto, naquele jogo, usou o branco, para refletir melhor os sublimes raios de sol que temperavam o frio do Japão. Um. Dois. Três gols. Em apenas 45 minutos. Uma partida excepcional e marcada eternamente no coração e na memória de qualquer rubro-negro. Time entrosado. Toque de bola preciso. Um meia e maestro imortal, que regeu muito bem a seleção carioca.

Eu nem sonhava em nascer quando isso aconteceu. Não tive a honra de vê-lo jogar ao vivo e a cores. Que bom que ele ainda está vivo e pode contar seus grandes feitos. Mas mesmo se não estivesse, uma grande história é contada por anos e anos. Uma grande pessoa e um grande jogador é lembrado por gerações e gerações. Se hoje, alguém chegasse para ele e perguntasse o que ele pensava do futuro quando tudo começou eu tenho certeza que nem nos melhores sonhos dele, ele fazia ideia de que a sua carreira seria tão brilhante assim. Mas foi. Ou melhor, continua sendo, porque uma lenda viva, nunca morre. Uma pessoa. Um ícone. Um nome. Carinhosamente, 4 letras. A nação te agradece. Saudações rubro-negras.

Alice Gold

6 comentários:

  1. O grande Galinho de Quintino, não esperava o encontrar por aqui. Sua idealização do jogador salta aos olhos do leitor, mas não sei se o exagero chega a ser um problema, já que o texto é uma clara homenagem de um grande torcedor. No mais, acredito que tenha errado no trecho "13 títulos pelo menor no Rio", um membro da nação rubro-negra nunca usaria um adjetivo como esse para definir seu time. Espero que no final de tudo ainda possamos assistir a um jogo do Flamengo na Cantareira com uma cerveja na mão e conversar mais sobre essa história.

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    1. Errei sim, e errei feio né. O correto é "13 títulos pelo melhor do Rio." Obrigada por me atentar!

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  2. ele era o cara! ótima homenagem em forma de texto. você consegue passar muito bem o sentimento do quanto acha ele incrível. até eu quis saber mais e assistir os melhores lances dele.

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  3. Gostei muito do texto,a forma que vc descreve o personagem é feita de forma brilhante,as referência também funcionam muito bem e de maneira muito inteligente.

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  4. Consegui identificar facilmente de quem se tratava, acredito que quem não é tão "ligado" no assunto não tenha essa mesma facilidade. Mesmo assim gostei muito do que escreveu.

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  5. Bom texto. A descadeamento de referências não nos dá duvida de quem é o descrito. Salve, O GALINHO DE QUINTINHO! SALVE, ZICO! O MESSIAS RUBRO NEGRO!

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