sexta-feira, 27 de setembro de 2019

  
                        Se eu tivesse no Paraíso

A vida faz com que o ser esteja vivo. Nossos sonhos e paixões nos impulsionam a viver e há um Mundo gigante para conhecermos, pessoas incríveis para nos relacionar e problemas gigantes para resolver. A euforia de existir por si só deveria nos guiar. A melodia da vida as vezes pode ser uma linda música de amor que nos lembra aquela pessoa que explode nosso coração. Buscamos diariamente sermos completos.

Talvez ela saiba de cor
Tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar


Porém, a melodia da vida nem sempre nos preenche.
A dor da perda.
A dor da indignação.
A dor da injustiça.
A dor de ter perdido o nosso direito mais fundamental: o da Vida.
Por que crianças inocentes perdem a sua chance?
Ele vem e as tira do conforto e aconchego dos pais.
Ele leva a mulher que dedicou a vida a cuidar dos infortunados, brutalmente assassinada.
Ele leva o jovem cheio de sonhos brincando de bola na rua, morto com uma bala perdida.
Ele leva uma criança de 5 anos que nasceu destinada a ter cancêr. Tão nova, tão pura. Por que ele faz isso?
E aqueles que se completam com o jovem, a criança e a mulher?
Eles sangram! Esquecem o que é a vida e o que é viver. A melodia torna-se mais pesada, mais dolorosa e difícil de escutar.

Será que você seguraria na minha mão
Se eu te visse no Paraíso?
Será que você me ajudaria a levantar
Se eu te visse no Paraíso?
Eu encontrarei o meu caminho
Pela noite e pelo dia
Porque eu sei que não posso ficar
Aqui no Paraíso
Witch

4 comentários:

  1. A vida pode mesmo ser cheia de incertezas, e com o perdão do trocadilho tosco, digo que uma delas está em seu texto porque estou totalmente incerto sobre quem, ou que ele se refere. Mas fique tranquilo, não achei sua crônica ruim, na verdade, gostei da interlocução com as músicas e da formatação com frases curtas e questionamentos. O maior problema é que não consegui captar muito bem o personagem oculto. Você começa com uma música do Jorge Vercillo e termina com Eric Clapton (o que funciona bem com o texto em si), mas não sei se há uma figura por trás delas. Pensei que estivesse falando da própria vida, ou destino, ou Deus, mas não cheguei à uma conclusão definitiva. Em resumo, gosto da sua crônica e de como você retrata as nuances da vida. Acho que é um bom texto, se dissociarmos da proposta feita em sala. Espero que meu comentário te ajude e o motive a continuar escrevendo com suas referências particulares. :)

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  2. Não entendo o motivo de poucos(ou nenhum)texto seu ter sido lido ainda em aula...Outro texto magnífico seu,dessa vez,apelando para uma forma mais poética de descrever a vida...Parabéns!

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  3. Gostei da construção do texto, mas não consigo ao certo relacionar a um único indivíduo.

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  4. Não consegui associar a nenhuma pessoa, talvez porque não entenda essas referências, mas adorei a sua construção do seu texto, bem original!

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