Amor Jovem

Gosto da ideia que a gente cria quando é jovem de que o amor é como andar numa bicicleta flamejante de mãos e pés atados e mais oito bananas de dinamites amarradas no nosso corpo. O amor jovem é ingênuo e falta modesta. Coitado. O tempo passa e a gente aprende que o amor maduro às vezes é só sobre te ensinar a gostar de segundas-feiras ou sobre comer as azeitonas que sobram do nosso pedaço de pizza. Pode ser sobre tirar sarro da sua camisa favorita ou sobre te ensinar a perceber os tons de amarelo que o céu tem nos fins de tarde outono. No final das contas, não é sobre urgências. O amor não é tudo isso. E que bom que não é. 

Skeeter