Rotineiramente, acordo às 7 da manhã
trajando meu pijama favorito composto por uma calça de moletom manchada e uma
camisa rasgada com a frase: “Rio, eu te amo”. Um conjunto bem defeituoso, eu
sei, porém nostálgico. Acumulando saudades do recente tempo em que minha
infância como “cria” do Rio era baseada em andar de bicicleta até tarde da
noite. E agora, chego à minha casa, às pressas, para fugir dos bandidos e seus
baseados. então, tomo um banho e sinto meu amor por essa cidade indo para o
ralo junto a água suja. E, como uma casca de banana, deito desengonçadamente na
cama e olho o Instagram e, em meio a tantas fotos de “look do dia”, vejo uma
foto de um amigo no Cristo Redentor com a legenda “Eu acredito no Rio”. Fácil
pra ele manter o otimismo enquanto mora na Holanda e visita o que restou da
cidade maravilhosa a cada seis meses. Para mim, só resta olhar para o céu e
orar para que o barril do petróleo valorize.
Abravanel Marinho
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