Essa
semana tenho que escrever sobre um sonho que tive, por mais bizarro que seja.
Semana passada tive que escrever sobre o meu desejo mais oculto. Que tamanha
exposição!
Como
ousa esse professor nos ensinar a expor o que há de mais íntimo e obscuro em nós?
Como ousa esse professor nos ensinar a ser sinceros e abertos nos dias de hoje,
logo nos nossos tempos? Tempos em que as pessoas que demonstram pouco ou nenhum
sentimento são enaltecidas. Como ousa
nos ensinar a falar sobre nós mesmos em tempos que é preferível falar dos
outros?
Devo
mesmo falar do sonho em jogava futebol com meus melhores amigos enquanto
usávamos ternos e gravatas? Devo mesmo falar do atemorizante sonho em que, para
participar de algo que queria muito, teria de matar alguém da minha família?
Dizem
que o sonho é a manifestação do inconsciente a chance que ele encontra para
desinibir-se. Não encontrei, ainda,
nenhum motivo válido para escrever sobre tais sonhos. Só me questiono porque
não recebi o poder divino da interpretação deles. Mas, quanto mais escrevo,
mais consigo entender que, para sermos mais humanos, precisamos nos expor, nos
questionar e nos fragilizar. E, para que tudo isso aconteça, nos resta
escrever, falar e sonhar.
ABRAVANEL MARINHO
Interpretar sonhos as vezes pode ser uma furada, fica na inocência que é mais jogo.
ResponderExcluirNão contesta. Só aceita e vai.
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