Passei uma madrugada no aeroporto internacional de Recife,
me senti o próprio Tom Hanks em “O Terminal”. Cheguei as 23h e meu voo só decolava 7h. Nessas oito horas, desci e subi aquelas escadas inúmeras vezes, decorei preço de todos os biscoitos da máquina de venda, mas não cheguei a comer uma banana sequer, já que o cartão havia sido bloqueado e o dinheiro embolado junto com a camisa que esqueci em cima da cama. Dormir estava fora de cogitação, quando tentava, o nervosismo era mais forte, havia o medo de não escutar o despertador e perder o voo. Ao amanhecer, corri para uma espécie de sacada no segundo andar e observei os aviões decolarem sob o céu laranja rosado da manhã. Naquele momento, bateu saudade de pessoas que estavam comigo horas antes, do conforto e amor que me passavam. Eu queria ficar ali. Ir a praia com meu melhor amigo e pisar na lama, conversar todo dia com uma amiga que admiro muito, comer pão de macaxeira e sopa de siri ou andar de bicicleta pela orla, o que não tive a oportunidade. Mas voltei. Desembarquei no Galeão 11h, eu era só saudade.
Yuri não me da atenção
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