sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Detalhes

Me pediram pra fazer um texto. Um texto sobre um desejo meio obscuro, daqueles que a gente se arrepia quando pensa e até se embola na hora de falar. Dessa vez não vou omitir e preciso realmente falar do meu desejo mais profundo: VOCÊ. O que escrevo aqui é um misto de libertação e vergonha. Libertação,  porque grito ao mundo inteiro o que eu sinto aqui dentro; vergonha, porque deixei, sem querer, minha estabilidade emocional em suas mãos. 

Lembra do meu primeiro pedido? Lembra que eu só te pedi que fosse sincero comigo? Lembra que você falou que seria? Pois é, você não foi. Te conheci em um momento que a casa estava bagunçada, e mesmo assim te deixei entrar. Eu sentia que precisava de você muito antes da sua chegada. Você surgiu e despertou em mim as melhores vontades e sensações possíveis. Me ajudou a descobrir a minha força como mulher. Às vezes, me sinto uma completa idiota de te conceder um papel tão importante na minha vida, mas não posso fingir que isso tudo não é real. Queria muito poder te falar tudo o que penso e sinto, porém sei que não posso. Você sabe o quão difícil é tentar fugir? O quão difícil é tentar querer alguém diferente e falhar, porque no fundo eu só quero você? Talvez você pense que eu te amo. Mas eu não te amo. Ou eu amo e não quero admitir? Ou finjo que não existe sentimento porque você me proibiu? 

Lembra daquele dia em que você brincou com meus sentimentos feito uma criança de 3 anos? Dia aquele em que eu não vi a sinceridade que você me prometeu? Tudo isso me faz querer te tirar da minha vida, ao mesmo tempo em que tudo isso me faz querer você na minha vida. Você reanimou em mim o mais adolescente e clichê dos sentimentos: o ódio. E quer saber o que eu mais odeio nesse mundo? O simples fato de não conseguir te odiar nem por um único minuto.

Lady Murphy

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