Difícil de verdade foi pensar em alguma história boa o bastante para substituir esses atalhos. Não me faltaram ideias: pensei em contar o caso de um piloto que assistiu ao sol se pôr duas vezes no mesmo dia, relatar o diálogo entre um terraplanista e um globalista na mesa de um bar ou até mesmo narrar o término de um namoro na orla do Arpoador. Nenhum tema relevante, como se pode notar.
Resolvi então me inspirar antecipando a proposta da aula seguinte. Mudei de roupa, peguei meu caderno e parti para o campus do Gragoatá resolvido a iniciar um momento de prospecção. O que, afinal, o próprio pôr do sol teria a me dizer?
A resposta dele não foi nada educada. Mal tive tempo de me sentar e abrir o caderno. A chuva me deixou ensopado antes mesmo de escrever uma única linha. Mas que bobagem! Voltei para casa sem texto em mãos e percebi que é isso: não faz o menor sentido romantizar um fenômeno natural que acontece todos os dias. O que teria de tão inusitado na rotação da Terra em torno de si mesma?
Dia. Tempo. Krónos. Talvez a crônica do pôr do sol seja simplesmente existir.
Por Peripatético Peri.
SOCORRO, EU AMEI ISSO!!!!! (embora eu tenha romantizado muito esse fenômeno natural no meu texto kkkkkkkk)
ResponderExcluirEngraçado, leve e realista. É isso.
Simplesmente sensacional.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirgenial.
ResponderExcluirgostei da crônica porque ela carrega humor e realidade de maneira suave. Ficou muito boa a proposta! dei leves sorrisos e vale ressaltar que, sem dúvidas, você fugiu do clichê! parabéns!
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