- O que houve Carol? – Perguntei despretensiosa.
- Como alguém pode defender matar uma vida? Se teve disposição para abrir as pernas, tem que ter para manter a gravidez. – Ela bebeu um gole de seu suco.
- Mas você não acha que a mulher pode escolher por prosseguir ou não com a gravidez? Afinal, o corpo é dela antes de tudo. Fora a questão financeira... Nem todas têm a condição de criar uma criança que não foi planejada.
- Ué, pensasse nisso antes! Eu não acredito que você defende o aborto, Jéssica! – Eu quase poderia jurar que ela sentiu nojo de mim naquele momento.
- Eu não defendo o aborto, eu defendo a legalização. Clínicas especializadas para que mulheres pobres tenham as mesmas condições das ricas. Até porque estas abortam e ninguém fica sabendo. – Carol pareceu refletir, mas não da forma que eu esperava.
- Era só o que me faltava... Agora você acha que o SUS tem que prover isso? O mundo está perdido mesmo. Eu nunca vou mudar minha opinião, isso é monstruoso e desumano.
- Olha Carol, eu espero que você tenha condições de ajudar cada mãe e cada criança que vive na miséria. E eu espero que você nunca precise.
Carol bufou e terminamos de comer em silêncio.
Por Dandara Davis.
Acredito que poderia ser mais criativo, mas no geral adorei.
ResponderExcluirA proposta do dialogismo é construir um diálogo que nos faça refletir. Esse texto não me fez refletir muito, pois está com a abordagem rasa. Porém, como ponto positivo, gostaria de destacar que a forma como você descreveu o cenário, me trouxe para mais perto do texto. Gostei da pegada cotidiana do texto. Parabéns.
ResponderExcluirTambém achei que não houve uma reflexão sobre o assunto, apenas a exposição de uma conversa cotidiana num diálogo muito presente, e isso aproxima o leitor do texto, então contei como um ponto positivo.
ResponderExcluirParabéns!