Sim, éramos o Sol e a Lua. Quem vê da Terra, acredita que sejamos próximos, o que infelizmente não é verdade. Nossa distância não é de 152 milhões de quilômetros, mas é quase isso; É uma distância de almas, que dispensa cálculos humanos. Por mais que eu tentasse, nosso romance era só imaginário, idealizado, perfeito. A Lua e Sol nunca vão se encontrar, que nem a gente. Somos cheios de defeitos e imperfeições, por isso, depois que tudo passou, voltamos a ser humanos.
Errei em te colocar em um pedestal, em acreditar que você era perfeita, afinal, até a Lua é cheia de falhas e crateras. E o Sol talvez seja egoísta demais, com um ego do seu tamanho, difícil de lidar. Quem sabe nas maiores utopias, alcançadas por meio das drogas mais pesadas, o casal de astros termine com um final feliz. Quanto a mim, não sigo com o Sol, que voltará às 6 horas de amanhã. Mergulho na eternidade, ou melhor, na Baía de Guanabara, após ter visto o mais lindo pôr do Sol de minha vida, o último.
Por Maria Joana.
Minha nossa senhora, só tiro. Tenho que lembrar de colocar meu colete quando for ler suas crônicas.
ResponderExcluirQUE texto. Chocada com o final mas amei.
ResponderExcluirQUE ISSO
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ResponderExcluirgostei bastante da analogia que você fez entre o Sol e a Lua com você e seu amado. Inclusive, isso que tornou sua crônica original! parabéns!
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