Quarta-feira, 5 da manhã e Helena já está acordada pra ir trabalhar. Levanta da sua
esteira de palha, que compartilha com seu irmãozinho menor, bate ela na janela e
guarda. Veste seus trampos rapidamente e já pega seu sacolão rumo ao lixão. O sol forte
bate em seu rosto enquanto procura ouro em meio ao lixo. Ouro esse que é diferente do
nosso. Ela busca incessantemente por reciclagens ou qualquer outra coisa que possa ser
trocada por moedas. De repente, começa a sentir tontura, dor de cabeça, cansaço
extremo e tremor. Eram sintomas de mais um dia sem comer! A moeda que arrecadou
no dia anterior permitiu que ela comprasse apenas um punhado de farinha e um pedaço
de carne de sol que deu para alimentar apenas seu irmão pequeno. Helena tão jovem...
Com apenas 10 anos já precisa enfrentar coisas que provavelmente muitos de nós nem
sonharia em passar. Ela não é a Helena de Manuel Carlos, ela é a Helena no meio de
13,5 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza. Helena tem fome de comida,
de saúde, de escola, de educação, de passeio, de diversão... Ela tem fome de uma vida
digna! Carolina Maria de Jesus em seu livro, Quarto de Despejo, diz que esse país
deveria ser governado por quem já passou fome. Talvez ela tenha razão!
Mônica Magali
Extremamente sutil, eu amei como o texto se desenvolve. Só senti falta de uma referência no texto, na informação sobre a extrema pobreza.
ResponderExcluirA Carolina Maria de Jesus se encaixa nisso. A história dela foi de extrema pobreza também, catando papel pra trocar por moedas e alimentar seus filhos. Mas realmente, queria ter desenvolvido com mais referências mas estava com muito bloqueio criativo nesse tema e não queria que caísse pra um estilo textão de Facebook. Mas agradeço suas considerações! ☺️
ExcluirPesado. Bom referência, esperava tantos outros mais clichês, mas fui surpreendido.
ResponderExcluirE esse número não para de crescer, retornamos ao mapa da fome mundial, triste realidade. A escolha do tema demonstra sua sensibilidade, gostei bastante! Eu só faria o final diferente, o "Talvez" emprega pouca potência, senti falta de algo mais marcante no final, para contrastar com a delicadeza do texto.
ResponderExcluirMuito bom, Mônica Magali. Mas achei que graaande parte conta uma história e não vi muito a questão de um alerta. Parece mais uma crítica. Mas tema super pertinente, parabéns!!
ResponderExcluirGostei do formato, embora talvez pra mim ficasse mais evidente o argumento já no início. Acho que eu me envolveria com mais criticidade ao longo do texto já me baseando no argumento. De todo modo, ótimo texto.
ResponderExcluirGostei da abordagem temática e achei o texto tocante, talvez necessitasse de críticas mais explícitas,para atender ao pedido do professor, mas o texto em si está muito bom
ResponderExcluirTexto muito bom, mas acho que poderia ter desenvolvido mais o alerta e que poderia ter aprofundado mais o texto. Tema muito forte e importante, parabéns!
ResponderExcluirAdorei seu texto, Magali. Fez seu alerta (que é importantíssimo) muito bem e conseguiu encerrar com a referência. Parabéns!
ResponderExcluirTão bom que fiquei com vontade de ler mais.
ResponderExcluirGostei muito do texto, a história ficou envolvente, bem escrita e conseguiu passar bem suas críticas. A referência à Carolina também ficou muito boa, mas acho que poderia ter desenvolvido mais essa parte, senti que ficou faltando uma conclusão mais elaborada.
ResponderExcluirFoi uma leitura bem envolvente, gostei da escolha do tema e da referência, só senti falta de um maior desenvolvimento dessa referência, mas texto fico ótimo e bem reflexivo. Parabéns!
ResponderExcluirUm soco no estomago. Ótimo texto. Acho que poderia ter falado mais das referências..
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