Era dia de folia. De folia. Diga espelho meu se havia na avenida alguém mais feliz que eu? E mais apertada? Que vontade de fazer xixi. Na alegria da barca, todos fantasiados, apito para todo lado, copo cheio e coração vazio, distraída e feliz o suficiente para não pensar em ir ao banheiro. Saímos da barca e o caminho até o bloco ficou tão longo, cada vez mais apertada para fazer xixi.
Erradamente no carnaval rua vira banheiro, mas ainda não tinha bebido o suficiente para convencer meu psicológico disso. Avisei aos meus amigos e começamos uma busca por um banheiro. No caminho encontrei um banheiro químico que estou me perguntando até agora como aquela gringa conseguiu usá-lo. Continuei a busca para o alívio tão esperado.
De repente... PARE! Não era dia de folia? Uma confusão, uma gritaria, pessoas se empurrando e querendo brigar. Pessoas se envolvendo para separar a briga e acabavam entrando na briga também. Ficamos olhando, tentando entender e nos manter longe. Fiquei distraída o suficiente de novo para não lembrar do xixi. Dessa vez uma distração ruim, para que brigar no carnaval? É carnaval! Muita gente olhando e filmando, pensei que poderia ter alguém para acabar com aquela confusão e nesse momento a minha defesa de não ser essa pessoa a vontade voltou.
Felizmente a briga se dissolveu, que alívio! Alívio? Quase que me alivio da forma errada. Precisava de um banheiro.
Avistei uma lanchonete e foi à única solução. Eram japoneses, tive que pagar dois reais, mas naquele momento eu pagaria até dez pelo meu alívio. Fiz xixi e que aliv... nossa, que cheiro foi aquele? Deram uma cagada no banheiro ao lado que foi impossível me sentir aliviada. Isso que dá pagar banheiro no carnaval.
Nakia Okoye
kkkkkkkkkkk histórias de carnaval são as melhores! Meus parabéns, li com um sorriso no rosto do início ao fim.
ResponderExcluirhistórias de carnaval haha, foi divertido de ler, gostei bastante!
ResponderExcluirSeu texto é muito leve e divertido. Carnaval só nos traz memórias boas, gostei!
ResponderExcluirVersão dos fatos de um dos amigos que estavam juntos comigo:
ResponderExcluirO dia era 24 de fevereiro. Auge. Ápice do carnaval. Meu corpo já não sabia o que era hemoglobina e o que era álcool. Meu estômago não sabia o que era uma refeição decente há dias. Mas como todo guerreiro fui a luta, com meus guerreiros mais fiéis, meus amigos.
Aquele cena que todo folião niteroiense gosta, barca LOTADA, 95% da composição já estava semi alterado. Sendo assim, aquela animação. Chegamos na praça xv, tranquilos, procurando a melhor aglomeração pra participar. A gente já tinha passado por 2 banheiros, o da estação Arariboia e da barca, só a vontade da pessoa só bateu quando não tinha UM banheiro perto. Saímos a procura de um banheiro químico ou bar. Todos os banheiros do caminho estavam com uma fila maior que do caixa do Guanabara em mês de aniversário. Continuamos caminhando até avistar um banheiro químico, VAZIO, num lugar extremamente duvidoso. Sentíamo-nos abençoados, como uma pessoa que acha água no deserto. Entramos na fila pequena com quatro gringos, como bom carioca gastei meu inglês, pra distraí-los enquanto a pessoa furava a fila. Com a porta do banheiro entre aberta já vimos a cena da destruição que estava ali. Blitzkrieg. Terra arrasada. Era a versão molhada do inverno. Impossível mijar ali, ao menos que você tivesse uma escada para se afastar o suficiente. Nesse meio tempo, nos deliciamos com cenas lamentáveis. Foi lindo. Amigos no auge do álcool se desentendo por alguma coisa que provavelmente nem eles sabem o porque. Seguimos. Naquele momento a fé nos movia. Até eu já tava com vontade de mijar. Até que por um golpe de sorte achamos uma lanchonete. Ela estava com uma fita zebrada. Entramos. Era dois reais. Até eu concordei em pagar esse dinheiro pra aquela chinesa. Lá debaixo já dava pra sentir o cheiro. Certamente alguém com sérios problemas intestinais passou ali. O cheiro era forte. A provação, grande. Mas Deus só da grandes batalhas a grandes guerreiros. Vencemos!
KKKKKK adorei que a resposta foi uma outra crônica que também foi divertida!
ExcluirHAhahahahaha, adorei o texto, descreveu bem vividamente o carnaval. Me bateu até a bad agora de lembrar que ano que vem talvez não tenha.
ResponderExcluirAmei o texto, muito divertido, e o comentário detalhado completou perfeitamente, parabéns!
ResponderExcluirTexto muito bom kkkkk, gostei da sua escrita e da descrição dos detalhes. Ri com o seu texto e ri mais ainda com a versão contada por um dos seus amigos. Parabéns pela crônica!
ResponderExcluirHahahaha adorei o texto e o relato, muito bons! Carnaval e aglomeração, tudo de bom (inclusive saudades) Parabéns pelo texto!!!
ResponderExcluirAmei como você fez o fato de estar apertada pra fazer xixi virar uma crônica. Ficou muito bom e ainda melhor com o ponto de vista dos seus amigos.
ResponderExcluirHahaha achei bem divertido e o final fechou com chave de ouro. Atingiu o propósito e me meu gatilho! 😅
ResponderExcluirQue sensação boa ao ler, saudades do carnaval! No primeiro parágrafo sua escrita tava tão bem conduzida que parecia um pinball de antíteses
ResponderExcluirAdorei como você pegou essa situação e transformou em uma crônica tão divertida, ri muito enquanto lia kkkkkk
ResponderExcluirComo não amar histórias de carnaval? Parabéns mesmo pela crônica, divertida do início ao fim. O comentário ainda complementou e finalizou com chave de ouro.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk que relato maravilhoso, Nakia! Adorei a narrativa e o humor, fiquei super envolvida e saudosa de uma aglomeração </3
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